Dia 19 a caravana de jovens suburbanos adentrou o Parque da Cidade, ocupando assim o pouso comum da prole mais idosa de Barcelos. Acontecendo um encontro imediato entre a minha pessoa e um desses autóctones, que depois da nossa conversa - que se desenvolveu com alguma dificuldade para ambas as partes - ficou a pensar que todas aquelas tendas pertenciam a uma excursão escolar. Pôr a mala dentro da tenda recém-montada é uma vitória conseguida depois de uma viagem que contou vários comboios e a nefasta paragem em Nine. Depois de tal viagem o que fazer no dia 0 do Milhões de Festa, preparado pela Lovers & Lollypops estava à espera do comum campista um roteiro turístico pela cidade, uma espécie de “Onde está o Wally?”, mas com bandas da cena. Tal tarefa tornou-se tão complicada como a tarefa de encontrar o jovem de óculos de massa e camisola às riscas. Quando dei por mim encontrava-me algures entre bancas com couves e t-shirts da Niké, fui salvo de tal cenário graças à música de fundo dos The Glockenwise que me indicou o caminho para o primeiro palco. Infelizmente não cheguei a tempo de assistir ao concerto, tendo chegado apenas a tempo de ver o arrumo do palco. Frustrado mas desta vez já com uma guia à altura, consegui chegar a tempo dos Käil que tocavam em frente à Casa Meira. A música deste grupo chegou mesmo a dar origem a um pequeno engarrafamento devido ao público que se amontoava diante destes jovens. Ao fim da tarde na esplanada do Largo do Apoio tocavam os Aspen, o seu stoner rock capaz de mandar abaixo toda a zona histórica de Barcelos, preparou o espírito dos jovens imberbes que já antecipavam o festival com muitos finos no bucho para aquilo que o festival lhes tinha planeado. Quanto aos Cálculo o mapa de nada me valeu, depois interrompida esta demanda restou apenas o regresso à tenda e a preparação para patuscada marcada para mais logo.
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Desta vez já num palco como deve ser, o palco Taina que iria ser a alternativa ao palco da piscina nos dias que se seguiriam. Nesse palco tocaram os The Glockenwise, sendo que desta vez os meus olhos já os conseguiram vislumbrar. A minha opinião acreditada, é capaz de resumir o concerto a uma simples palavrinha do "caraças". Estes putos de Barcelos fazem-se, não tenham dúvida disso meus senhores, esperem só até às borbulhas dos putos secarem e vão ver. Os miúdos tiveram tempo para anteciparem o concerto dos Throes + The Shines, com um cheirinho do tema Batida. Não esqueçamos também a frase da noite proferida por Nuno Rodrigues o vocalista da banda – “O Optimus Alive! é uma merda” – uma frase que deixou alguns hipsters com uma lágrima no olho. Seguiram-se os Gnod nesta noite 0, este concerto da banda seria o primeiro dos três que a banda iria dar no festival. InGnodWeTrust, God is Dead but Gnod is fucking Alive! E foi isso que este concerto demonstrou. O palco Taina contou ainda com ANA e Pedro Santos, mas o que interessa é o primeiro dia a sério do Milhões.
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