sábado, 17 de novembro de 2007

He Lost Control


O filme começa despido de todos artificieis do cinema moderno, pois a história deste filme se vai contar a preto e branco. E que cores poderiam contar melhor a história de um jovem vindo de um Manchester deprimente e castrador, que vai mudar a percepção da música para as novas gerações. Talvez estas cores sejam uma metáfora à luta que este jovem terá de travar para fugir a fim que antecipa trágico.
É numa típica escola do Reino Unido que nos é apresentado o jovem Curtis, que desde o início revela um comportamento atípico para um jovem de classe media no seio de Manchester. Nos primeiros minutos do filme Ian e Nick mostram-nos uma actividade que poderá ter criado os monstros com os quais Ian terá de viver num futuro próximo.
No quarto de Îan as paredes estão repleta dos ícones que criaram a persona de Ian em palco. A cena de Ian em frente ao espelho demonstra a influência de Bowie em Ian.
Mas Control é também um filme de relações, e é a relação de Deborah com Ian que vai servir pilar principal nos próximos da narrativa até embater uma outra relação fundamental também para a narrativa desta história.
Nas cenas que se seguem vê-se o desenvolver desta primeira relação, os primeiros encontros, a primeira saída que tem como música de fundo Bowie e tudo o que vai desembocar no casamento destas duas personagens de um filme que não perde por ser real.
É nesta altura do filme onde estabilidade emocional de Ian parece ter sido conseguida, que o vê-mos focar se mais no seu sonho de se tornar um ícone e fazer parte das paredes de um qualquer miúdo. Mostra-se o primeiro encontro de Ian com Peter Hook, Bernard Summer e Stephen Morris, que nesta história vão como esbater-se até não passarem de um cenário na vida de Ian. É também mostrado o mítico concerto dos Sex Pistols no Lesser Free Trade de Manchester a Junho de 1976, que iria mudar a história musical não só de Manchester mas também do mundo.
Nas interpretações dos actores em palco sentimos o espírito Punk dos primeiro concertos dos Warsaw que viria a ser acalmado e a tornar-se no som Post-Punk dos joy Division.
Nos minutos que se seguem somos a apresentados às principais cabeças por detrás do movimento musical de Manchester. Conhecemos Tony Wilson o locutor da TV Granada a quem Ian chamou “cunt” no primeiro encontro e responsável por pôr os Joy Division no pequeno ecrã e por assinar um contrato discográfico com eles com o seu próprio sangue. Conhecemos também Rob Gretton, o irreverente manager da banda. É nos mais tarde apresentado também Martin Hannett o produtor responsável por desmanchar a bateria de Morris para a gravação de ”She Lost Control”.
È nesta altura que o filme deixa de ser a preto e branco e começa a ser principalmente a preto, depois do primeiro concerto em Lodres onde Ian tem o primeiro ataque epiléptico a caminho de casa. E aí começa o caminho para a perdição onde Ian vai ter de enfrentar os seus demónios. È aí devido à desmotivação de Ian para com a vida graças à medicação foi obrigado a tomar que a relação com Deborah se começa a degradar, principalmente depois do nascimento da filha de Ian.
Durante uma viagem com os Joy Divison que Ian encontra nos bastidores de um concerto a jornalista belga em part-time, Anni Honnoré. Que prometia ser a sua última esperança de felicidade. Mas é depois de um período de calmaria que tudo começa ficar mais difícil para Ian. Ian começa a ter ataques em quase todos os concertos, as relações com Deborah e Annik tornam-se insuportáveis e para além disso tudo uma tour pelos Estados Unidos promete tornar as coisas ainda mais insuportáveis.
È neste clima de desespero para Ian que este ao som de The Idiot decide por termo à sua vida e morrer jovem como a maioria dos seus heróis.
Nesta altura vê-se pela ultima vez a Manchester a preto e branco desta vez ao som de Atmosphere a mesma música cuja imagem Anton Corbijn criou quase à trinta anos.

O filme é conduzido nas sua duas horas pelas brilhantes interpretações de Sam Riley,
Samantha Morton e Alexandra Maria Lara. Existem momentos em que Sam Riley desaparece e conseguimos apenas ver o olhar de Ian Curtis. Com este filme Anton Corbijn consegue fazer a desconstrução do mito e mostrar a pessoa que foi Ian Curtis.

domingo, 11 de novembro de 2007

Canadian Flavor parte II



The Organ

Os The Organ vieram a este mundo para provar que o post-punk não é exclusivo de terras de sua majestade. Embora também os The Organ não se tenham esquecido do “The” obrigatório a uma banda deste género hoje em dia. Estas meninas de Vancouver provaram também que têm muito mais bom gosto que maioria das bandas que se auto denominam fazerem parte do movimento post-punk revival. O único problema desta banda é que ela já não existe, no dia 23 de Agosto de 2006 decidiram dizer ao mundo que os seus dias como conjunto tinham acabado. Mas estas meninas não deixaram o mundo da música sem antes deixarem um excelente álbum como legado. Grab that Gun é um álbum cheio de boas músicas que nos levam aos anos oitenta e grande estilo. Além disso todas estas músicas são cantadas com a voz mais parecida com de Morrissey que Katie Sketch conseguiu arranjar. Embora sejam já uma banda do passado no ano de 2007 vale a pena ainda procurar por estas meninas num qualquer motor de busca.




Stars

Esta constelação faz aquilo que se espera de uma banda vinda do Canadá, o som deles pode ser definido como um indie pop querido mas ao mesmo tempo culto. Mas como é óbvio estas estrelas brilham com muita força e são das melhores bandas de Indie Pop vindas do Canadá e olhem que isto é dizer muito, não esquecer que bandas como os The New Pornographers são o cartão de visita desse género no Canadá.
Pode se dizer que esta banda tem um grande bocado de Broken Social Scene o que não é de estranhar dado que a maioria da banda faz também da super colectivo de Toronto.
Embora os Stars tenham sido formados a princípio por Torquil Campbell e Chris Seligman, foi com a adição da talentosíssima Amy Millan, Evan Cranley e Pat McGee que os Stars se tornaram a banda que são hoje em dia.

Dark Matter


When I was just a little boy
I threw away all of my action toys
I became obsessed with operation

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Handsome Furs live in Paradiso - Small Hall

Pink Moon


I saw it written and I saw it say
Pink moon is on its way
And none of you stand so tall
Pink moon gonna get you all
It's a pink moon
Yeah it's a pink, pink, pink
pink, pink moon

Little Miss Sunshine


Para começar é preciso referir que esta banda sonora trata-se do trabalho de um dos melhores compositores da actualidade. Mychael Danna é o responsável por juntar num dos melhores filmes de 2006 um grupo de artista à altura do filme Little Miss Sunshine. O pilar deste álbum são os DeVotchKa, são eles que percorrem teia da narração de Little Miss Sunshine criando o ambiente para todo o filme. Os realizadores Jonathan Dayton e Valerie Faris conheceram os DeVotchKa através da música “You Love Me”. E depressa juntaram este grupo ao talento de Mychael Danna que adaptou as músicas How It Ends, The Enemy Guns, e You Love Me do álbum How it Ends e La Llorona do álbum Una Volta. Para além dos DeVotchKa fazem parte desta banda sonora nomes como Sufjan Stevens que emprestou temas como No Man's Land e Chicago a esta obra e também músicos como Tony Tisdale e Rick James. As restantes músicas Let It Go e You've Got Me Dancing foram escritas por Gordon Pogoda.
Este é um bom exemplo de como a música não é um complemento ao filme, tendo o papel principal do principio ao fim.