terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Shiva


Os The Antlers são uma banda que vale a pena manter na memória e no ipod. Neste video que faz parte da colecção de videos da Blogotheque podemos ver os The Antlers tocarem o tema "Shiva" numa loja de bonecas.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Alone


by Gonçalo Mata

amor perdido álbum novo

Laura Marling é a principal responsável por “The First Day of Spring”, mesmo não fazendo parte da banda Noah and the Whale por época da criação do álbum acima citado. Esta jovem rapariga, não tendo, tocado um único a acorde no álbum teve um papel muito mais importante na concepção do mesmo. Ex-paixão do líder da banda Charlie Fink, Laura Marling é a protagonista e o fim da relação é o motivo por detrás de um dos melhores álbuns do ano passado. Charlie Fink o artista de coração defeito utiliza o ultimo álbum da banda Noah and the Whale como objecto de catarse. O conceito por detrás de “The First Day of Spring” “a dor de corno” tema repetitivamente utilizado no meio musical, atinge aqui todo um novo significado. Se o amor acabou, neste caso não acabou sem deixar um filho. Filho este que é um daqueles álbuns com sabor agridoce onde tudo é azedo mas no final o sabor é o de uma doce lembrança de algo que já foi belo. Se isto é o que é preciso para um álbum com esta qualidade me perdoe o senhor Fink mas este não seja o último desgosto amoroso que tenha.


Laura Marling - Rebecca


Noah and the Whale - Blue Skies

sábado, 16 de janeiro de 2010

Dennis Stock (1928-2010)


O homem por detrás da câmara que fotografou estrelas como James Dean, Marilyn Monroe ou Marlon Brando, faleceu no dia 11 de Janeiro aos 81 anos. Deixou-nos muita da imagética da cultura pop dos anos 50 e 60, contrabalançado as suas fotos de celebridades com as suas fotos de músicos de Jazz. Dennis Stock foi também responsável por registar os movimentos contracultura dos anos 60 com a sua câmara. Preferindo o preto e branco Dennis Stock tinha a capacidade de nos contar com uma foto a história por detrás do momento fotografado.
Marilyn Monroe, 1953

Audrey Hepburn, 1954

James Dean, 1955

Trompetista, 1958

James Dean, 1955

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Cléo de 5 à 7


Realizado por Agnés Varda este filme encaixado na Nouvelle Vague documenta em tempo real a tarde de uma jovem actriz que espera o resultado de um exame médico.
O filme começa com o único apontamento de cor num plano que desvenda um possível futuro de Cléo mostrando pelas cartas. Através destas cartas conhecemos pequenos factos de Cléo. Findada a consulta e já a preto e branco a cartomante confirma os maiores medos da jovem Cléo. Saída da consulta da terrível Cléo vê-se ao espelho e imagem responde-lhe que enquanto for bela estará viva, pois a morte é a feiura. No café é nos dada a conhecer a figura materna da nossa personagem principal. Perdida num mundo de outras pessoas Cléo esconde-se na atrás da sua imagem exterior, presa às trevas dos seus temores que se misturam com uma lucidez cruel. Já em casa é onde a personagem principal cresce emocionalmente, uma cantora com medo da sua voz e presa a um homem que não a vê. Cléo é mais frágil quando canta e se mostra como figura dramática, desespera-se no meio de canções e musicais, foge da sua casa claustrofóbica para ruas que a miram. Nessas ruas contraria a multidão que a rodeia. Nessas ruas Agnés mostra-nos Paris através dos olhos de Cléo, uma Paris que esta persegue e Paris que a persegue a ela os olhos inquisidores que a perseguem que a objectivam. Procura depois uma cara conhecida, uma amiga de longa das a quem atravessando um túnel escuro conta a sua enfermidade. A sua amiga leva a ver uma curta, curta esse que conta com um Jean Luc Godard mudo que conta uma estória com muitos paralelismo à da heróina, o óculos escuros que escurecem o mundo um contraponto ao medo obscura o futuro de Cléo. No parque vê-se sozinha, até que uma personagem exógena se infiltra no seu mundo. Graças a Antoine Cléo sente-se tocada pela vez num mundo que nunca a havia tocado. No final depois de saber os resultados Cléo já não é a mesma pessoa o mundo mudou para ela, e ela mudou para o mundo.
Com uma estética marcada pela visão fotográfica da autora, Agnés Varda mistura o melodrama existencialista com a simplicidade do dia a dia. O olhar de Varda deixa-nos ver um Paris diferente uma Paris dos anos sessenta uma Paris a preto e branco.
O filme é a transposição dos diferentes frames da câmara de Varda para uma linguagem em multicamadas onde cada plano transpõe uma ideia diferente dai a abundância de significados que se podem retirar da obra.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Blue Socks


by Gonçalo Mata

The Besnard Lakes


A banda Canadiana The Besnard Lakes apresenta no próximo dia nove de Março o sucessor de “The Besnar Lakes Are The Dark Horse”. Lançado em 2007 o álbum foi um grande sucesso com a crítica tedo pertencido a várias listas de melhores do ano. Formados pelo casal Jace Lasek and Olga Goreas a banda de Montreal já divulgou o nome do seu novo álbum “The Besnard Lakes Are The Roaring Night”. Aqui fica a música Devastion um dos pontos altos do anterior álbum da banda

O Sangue

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Eric Rohmer (1920-2010)


Realizador fundamental da Nouvelle Vague faleceu hoje aos 89 anos deixando assim um vazio. Tendo procurado com os seus filmes conseguir atingir o verdadeiro realismo recusando contudo uma perspectiva naturalista, o realizador francês abria mão de bandas sonoras artificiais que o autor achava anti-realistas, contado apenas com sons presentes na acção do filme. Tendo particular cuidado com os diálogos que achava peça fundamental, dando sempre tempo suficiente para o desenvolvimento dos seus personagens. Eric Rohmer deixa “alunos” que continuam a seguir a sua visão do cinema.

Uma Infância mais Perto de ti

Realizado por Jack Kubizne, o video de Brother Sport é o single que encerra o álbum Merriweather Post Pavilion dos Animal Collective. A música tinha já ganho os aplausos da crítica no ano findado, mas o vídeo que acompanha agora a música do colectivo musical de Brooklyn faz com que a mesma ganhe novos contornos. Se o primeiro plano nos mostra um terreno rural que nos remete para uma paz distante, o plano que se segue com a mão multicolorida e os primeiros acordes da música avisam-nos da irrealidade desse local. As crianças que se assemelham a pequenas criaturas parecem saídas do mais recente filme de Spike Jonze “Where The Wild Things Are” que se juntam às animações psicadélicas criando uma odisseia alucinogénica que termina com uma sessão de pintura surreal. Os frames animados criam um efeito estroboscópico aqui o filme nega o plano e passa a ser construído sobre os fotogramas. Este é um dos melhores exemplos do videoclip como linguagem cinematográfica.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Curtas #6

Taken By Trees


Este é o nome do projecto a solo de Victoria Bergsman ex-vocalista da banda Concretes e mais conhecida como a voz feminina de Young Folks de Peter Bjorn & John. Em 2007 lançou o seu primeiro álbum utilizando o nome Taken By Trees. O primeiro álbum “Open Field” é uma bonita experiência solarenga na mesma onda dos seus conterrâneos El Perro Del Mar. Este ano lançou um segundo álbum “East of Eden” a continuação pop do primeiro álbum desta vez inspirada pela cultura paquistanesa. Neste álbum podemos encontrar uma revisitação da música “My Girls” dos Animal Collective aqui com o nome “My Boys”.

Taken by Trees - My Boys

Neon Indian

São uma banda de Austin no Texas, depois do fim das suas duas identidades de curta duração anteriores os Vega e os Ghosthustler Alan Palomo fundou os Neon Indian. “Psychic Chasms” é o primeiro álbum dos Neon Indian lançado há poucos meses e a pop electrónica já ecoa nas nossas cabeças. As imensas camadas electrónicas que se conjugam com aqueles sons de consolas antigas sobressaem no meio desta banda sonora dos anos oitenta para pessoas que nunca viveram nos anos oitenta. Uma espécie de mistura entre uns MGMT sem o glam e um Black Moth Super Rainbow mais contido.

Neon Indian - Mind, Drips

Little Toys

É o nome do projecto caseiro do cineasta espanhol Pablo Maqueda. As músicas de “Frida e Diego Vivieron en esta casa” foram na sua totalidade gravada em casa. Como cineasta tem no seu currículo dois filmes, tendo se apaixonado pela música através das bandas sonoras dos filmes, um dos seus heróis Yann Tiersen é o instrumentista de bandas sonoras de filmes como o Fabuloso Destino de Amélie ou Good Bye Lennin!. Usando pequenos brinquedos musicais na produção instrumental do álbum (toy folk), Pablo conheceu em Londres uma nova cena musical que influenciou a compor este trabalho.

Little Toys - Ceci ne pas une Chason

Emmy The Great

Emma-Lee Moss ou Emmy The Great como se intitula é a rapariga responsável por “First Love”. Vinda de Hong Kong para Inglaterra aos doze anos Emma já trabalhou com muita gente importante até ter chegado a “First Love”. No seu primeiro álbum Emmy The Great aprofunda a sua intimidade e transporta-a para algo maior. Com uma voz sem medo e uma majestosa vontade Emmy The Great percorre as treze músicas do álbum.

Emmy the Great - First Love

Fashion Groupies



Henry Holland

Os 3 primeiros nomes do Festival para Gente Sentada


Nos dias 26 e 27 de Fevereiro os principais cantautores da cena musical actual rumam a Santa Maria da Feira.
Os três primeiros nomes avançados para edição do Festival para Gente Sentada deste são Bill Callahan, Dakota Suite e Camera Obsucura.
No dia 26 temos Bill Callahan tendo uma vasta carreira, primeiro com Smog e mais recentemente em nome próprio. Sendo um dos principais nomes do movimento Lo-fi. Tendo começado a sua carreira com algumas gravações caseiras, depressa se tornou um dos principais cantautores americanos. Lançou este ano o álbum “Sometimes I Wish We Were an Eagle” uma prova da maturidade do autor.
No dia 27 já confirmados temos Dakota Suite a banda de Chris Hooson que tem um novo álbum pronto a sair “The Night Just Keeps Coming”. Também no dia 27, temos a banda escocesa Camera Obsucura que já actuou em Portugal no festival Sudoeste. Lançou também este ano o seu mais recente álbum “My Maudlin Career”.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Nada "Contra"


Contra é o sucessor do álbum homónimo dos Vampire Weekend, é o segundo álbum desta vez menos exuberante e festivo mas nem por isso irreconhecível.
Os Vampire Weekend tiverem de enfrentar o difícil desafio do segundo álbum, para vencerem este desafio hercúleo os Vampire Weekend pegaram no seu álbum original plagiaram-no e de seguida metamorfosearam-no em algo novo onde ainda se reconhecem alguns laivos do primeiro álbum mas o álbum é todo novo.
Contra é portanto uma continuação à aquilo que já haviam feito antes, uma continuação mais pensada e refinada. Não se preocupem aqueles que temiam que a euforia do primeiro álbum fosse acontecimento único. Contra não é desprovido de euforia a prova disso está na loucura rítmica de “Cousins” ou em “Run”.
Estes universitários foram às aulas e aprenderam novas técnicas misturando a electrónica com os sons de africa. Neste álbum ouvimos menos guitarras, a sua falta é compensada pelos sintetizadores usados no máximo nas loucuras electrónicas de um álbum que ironicamente se copia a si próprio. Em Contra nada é tão imediato como no seu antecessor, embora não seja um álbum complicado longe disso as músicas de Contra são mais requintadas e comedidas.
Em “Diplomat Son” M.I.A. vem aquecer a festa e em “Califórnia English” a loucura vocal de Ezra Koeening é ajudada por algum auto tunes.
Para aqueles a quem o primeiro álbum não encheu as medidas talvez Contra seja uma segunda hipótese para se apaixonarem pelos ritmos africanos destes indies pós-universitários pré-lendas.

Novos Sons em 2010

The Drums


Perdidos entre o final de 2009 e o início de 2010, os The Drums movem-se pelos mesmos territórios musicais de bandas como os Girls ou os Delorean. Misturando o pop da beira da praia dos Beach Boys com a pop com tonalidade negra dos The Cure e Joy Division.

The Drums - Let's Go Surfing

The Gold Panda

O londrino de nome Derwin é o remixer de bandas como as Telepathe ou a Little Boots e começa a agora a criar um hype à sua volta. A sua electrónica lembra as velhas cassetes VHS e os tempos do spectrum.

Gold Panda - Back Home

Marina and the Diamonds

Já há um ano e qualquer coisa que as gravações caseira obscuras desta rapariga se encontram no meu ipod. Desde desse tempo amadureceu quanto baste, misturando a sua pop melodramática com o seu estilo exuberante.

Marina and the Diamonds - Obsessions

Perfume Genius

Mike Genius vive com a mãe e canta sobre o amor, a sexualidade e todas as outras questões que inquietam o homem. Tendo sido já comparado a Antony este rapaz de 26 anos, combina as suas letras poderosas com o seu piano para criar bonitas canções.

Perfume Genius - Gay Angels

Two Door Cinema Club

São um grupo de rapazes irlandeses muito arranjadinhos acabados de sair da faculdade tendo assinado contrato com a editora francesa Kitsune que lhe conferiu todo o hype criado à volta deste trio.

Two Door Cinema Club - I Can Talk

The Antlers


O ano de 2009 acabou há uns dias e já vale a pena recordar um dos maiores álbuns do ano findado. Hospice é o terceiro álbum da banda de Peter Silberman os The Antlers. Hospice é um daqueles álbuns tão belos e perfeitos que faz o nosso corpo castigado tremer. Peter Silberman durante dois anos exilou-se do mundo e produto é Hospice, a catarse das suas feridas. O conceito por detrás do álbum é história de um rapaz que trabalha num hospital e da doente que está a morrer com cancro. Os versos que Silberman escreve estão próximos da melhor literatura do século XX. Em termo melódicos as músicas são pequenas peças indie pop com finais onde melodias sónicas ecoam. Mas é quando a voz de Silberman se ouve que o Hospice se torna realmente pesado.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Lost in Black


by Gonçalo Mata

Os The xx em Portugal


Os The xx foram a banda revelação de 2009. Vindos de Londres este ex-quarteto agora trio revelou no seu myspace duas datas em Portugal. No 25 de Maio actuam na Aula Magna em Lisboa e no dia a seguir rumam até ao norte para actuar na Casa da Música no Porto. Em Lisboa os bilhetes já estão a venda.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Melhor Música de 2009

10. The Antlers - Hospice

9. Bill Callahan - Sometimes I Wish We Were An Eagle

8. B Fachada - B Fachada

7. Sufjan Stevens - The BQE

6. The xx - xx

5. Grizzly Bear - Veckatimest

4. Dirty Projectors - Bitte Orca

3. Girls - Album

2. Micachu and the Shapes - Jewellery

1. Animal Collective - Merriweather Post Pavilion

sábado, 2 de janeiro de 2010

O Cinema da Última Década #2


I´m Not There
Todd Haynes, 2007

Depois de ter brincado com a persona Ziggy Stardust no filme Velvet Goldmine. Todd Haynes volta ao mundo da música neste caso a música folk e pega na sua maior personagem. Bob Dylan pessoa fica de fora, é a sua personagem ao longo dos anos que aqui é dissertada. Bob Dylan desmultiplica-se nos actores que dão vida a uma das mais complicadas vidas da cultura pop.






There Will Be Blood
Paul Thomas Anderson, 2007

Este drama junta o talento de Paul Thomas Anderson com o génio de Daniel Day-Lewis. Daniel Day-Lewis numa das suas mais inspiradas actuações da década mostra-nos uma personagem multidimensional, um homem que não olha a meios para atingir os seus fins. A história de como o petróleo fundou a América.






Good Bye Lenin!
Wolfgang Becker,2003

Neste filme vemos a luta de um rapaz para manter a integridade da Alemanha de leste numa sociedade pós queda do muro, para uma mãe que ainda acredita do sonho da Alemanha de leste.






The Darjeeling Limited
Wes Anderson, 2007

Este filme de 2007 marca o regresso de Wes Anderson ao tema da família. O filme conta a história de três irmão presos em si próprios, encontram-se numa viagem por uma Índia que desconhecem numa busca pela sua mãe. Não podemos esquecer a curta Hotel Chevalier que serve de prólogo para o filme.






Persepolis
Marjane Satrapi e Vincent Paronnaud, 2007

A critica politica da história recente do Irão. Baseada no graphic novel autobiográfica de Marjane Satrapi.







Last Days
Gus Van Sant, 2005

A história de um artista desiludido perdido para o mundo que o rodeia. O filme vive dos seus longos palmos e curtos diálogos. A última peça da trilogia da "morte" da qual fazem parte os filmes Gerry e Elephant. Aqui a música mistura-se com as imagens criando várias camadas de sentimentos.