quinta-feira, 16 de junho de 2011

Ar no Aquário, na ZDB


Ar no Aquário é um evento que irá acontecer na próxima semana e que irá juntar muitos dos artistas que fizeram parte da história desta casa de Lisboa. A festa que irá acontecer no dia 24 na ZDB ocupará todo o edifício e contará com vários artistas como os PAUS, Norberto Lobo, Filho da Mãe, Dead Combo, Orquestra do Sei, Sunflare, Marco Franco & Joana Sá, Gabriel Ferrandim, David Maranha & Manuel Mota & Margarida Garcia, Tiago Sousa e Pedro Gomes.
Esta festa tem o objectivo de angariar dinheiro para puder equipar o aquário com um sistema de ar condicionado. Todos os que já tiveram o prazer de assistir a concertos no aquário, conhecem a capacidade deste espaço de provocar a exsudação a todos os presentes. Para que a qualidade musical já conhecida da ZDB possa ser acompanhada de um doce brisa dirijam-se todos à ZDB no dia 24 de Junho às 22. Os bilhetes podem ser comprados nas lojas Flur e Matéria Prima e na própria ZDB, os bilhetes são 15 euros e permitem a entrada neste evento, que para além dos nomes aqui referidos contará também com outras surpresas.

domingo, 12 de junho de 2011

mynameisindie TV #8


Single Lash – Wildlife. Directed by Melissa Cha.


We Are Trees – I Don’t Believe In Love. Directed by Abraham Vilchez Moran.


Best Coast – Gone Again. Directed by Daniel Garcia.


Broken Social Scene – Sweetest Kill. Directed by Claire Edmondson.


Filho da Mãe - Encontrei os Teus Dentes.

terça-feira, 7 de junho de 2011

"Deus, Pátria e Família"


Supostamente iria ser lançado no sábado mas isso não se veio a verificar, passando então para esta segunda. Lançado na ressaca de umas eleições legislativas, surge “Deus, Pátria e Família” o projecto de verão do músico B Fachada.
Se no ano passado B Fachada estava em Festa este ano aparece para cantar a morte deste país à beira mar plantado. Em vinte minutos com cheiro a verão e gingar na anca B Fachada enterra Portugal com versos tão certeiros como “Portugal está para acabar,/ é deixar o cabrão morrer”. Se Portugal está para morrer ao menos que se enterre em festa este pais de “Deus, Pátria e Familia”. O timing não poderia ser mais certeiro, portanto ide todos até o site da MBari e fazei o download desta pequena pérola cantada em fachadês.

domingo, 5 de junho de 2011

Sinfonia Imaterial


Do mais recente projecto de Tiago Pereira “Sinfonia Imaterial” que esteve em exibição no cinema City Classic Alvalade espera-se agora a digressão do mesmo pelo país.

A encomenda partiu da Fundação INATEL, e durante os meses de Março e Abril Tiago Pereira percorreu mais uma vez o país com a câmara na mão. O resultado destas viagens é aquilo que podemos encontrar no filme “Sinfonia Imaterial”. É uma riqueza imaterial documentada por Tiago Pereira sem artificialismos formais que podemos encontrar no mais recente filme do vencedor do Prémio Megafone.

“Sinfonia Imaterial” desfaz uma certa ideia de Portugalidade mostrando um país rico em influências com várias tradições que se multiplicam nos quatro cantos do país. Mais do que um documentário o novo trabalho de Tiago Pereira mostra uma colecção de estilos e formatos que se unem para formar esta “Sinfonia Imaterial”.


Gardens & Villa


Depois do colapso de uma banda com uma estética perto do Noise e Post-Punk, cinco rapazes iniciaram uma viagem à boleia pela costa oeste dos Estados Unidos. Esta história poderia ter sido a história de um filme realizado por Chris Petit. Mas na realidade esta é a história da formação da banda Gardens & Villa. E se normalmente os road movies clássicos terminam com a resolução dos problemas internos, esta viagem serviu como escoador das irregularidades sonoras da banda anterior. O ruído das guitarras deu lugar a flautas (sim a flautas), e a uma acalmia do espírito destes cinco rapazes.
A música dos Gardens & Villa é presa pela linha de baixo que serve de guia às músicas da banda. Até agora tivemos dois indícios do que podemos esperar do álbum que sai no Verão. Enquanto Black Hill segue em linha recta apoiada pela tal linha de baixo que se envolve com vocais certeiros da banda. Orange Blossom é uma música com base funk, com os mesmos vocais certeiros de Black Hill mas desta vez com uma produção onde os sintetizadores são mais intensos. Vale a pena esperar pelo primeiro álbum enquanto isso podemos ver o vídeo realizado pelo colectivo Ulysses///Onasis para a música Black Hill.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Dirty Beaches


Alex Zhang Hungtai é a persona doméstica do músico Dirty Beaches, filho de pais chineses nascido no Taiwan o músico dedica-se à recriação do imaginário Rockabilly norte-americano. Mas esta recriação não se faz de colagens plásticas a um imaginário ultrapassado, as suas construções musicais assentam numa estética lo-fi com tonalidades noir. A sua primeira longa duração Badlands traduz os cinco anos que antecederam o lançamento do álbum, os anos responsáveis pela formação da persona Dirty Beaches onde o artista foi lançado vários trabalhos ininterruptamente.
Neste primeiro álbum em vez de uma evocação de uma América esquecida, encontramos uma estética que envolve a melancolia que se espalha pelas canções do álbum povoada por ambientes onde as camadas de ecos são pinceladas por sombras.
Estes lugares negros transcritos no álbum levam-nos a vórtices psicológicos colados a uma estética Lynchiana que fazem parte deste universo com muito grão e ruídos distorcidos que este arquitecto de paisagens sonoras constrói como ninguém.