segunda-feira, 29 de março de 2010

Entrevista Youthless


Os Youthless são uma continuação de um outro projecto que se distingue da vossa banda actual. A minha pergunta é, o Alex e o Sab de Youthless já não são os mesmos dos Three and a Quarter.

Alex: As duas banda não têm mesmo nada a ver uma com o outra, mas nos como pessoas não mudamos.

Sab: Sim, até ainda ensaiamos na mesma cave com o mesmo equipamento. Nós sempre ouvimos imenso tipo de música diferente. Ainda adoramos o Reggae e Dub clássico, e 2-tone ska inglês, mas entre milhares de outras coisas que sempre ouvimos também.

A: Nos começamos os TAAQ com 15 anos quando andávamos no liceu juntos e acho que o som que as pessoas associam com essa banda ainda é daquela altura quando éramos muito jovens. A medida que fomos crescendo TAAQ começo a experimentar mais e mais e fazer sons muito estranhos e diferentes, assim faz todo o sentido que nossa a próxima banda fosse ainda mais diferente.

O programa na Antena 3 que vocês gravaram recentemente deu-nos a conhecer muitas das vossas influências. O que eu queria saber, é o quão importante foi o tempo que estiveram fora do país para a vossa formação enquanto músicos.

A: Para mim foi super importante. Eu cresci em NY a ouvir bué música clássica e contemporânea (tipo Philip Glass, Steve Reich, etc.) através de minha mãe Russa, muito jazz, funk e soul do meu pai Americano, e bué hip hop dos '80 (Public Enemy, Digital Undergound, De la Soul) e classic rock do meu irmão mais velho. Foi em Portugal aos 14 anos que comecei a ouvir mais punk e bandas barulhentas, mas a maior parte da minha música ainda vinha de fora de amigos e familiares ainda em NY ou Madrid. Depois, quando voltei aos EUA, a Universidad Wesleyan, abriu-me a minha visão musical de uma maneira muito grande. Eu estava a ter aulas com pessoas míticas como Anthony Braxton, Alvin Lucier, Jay Hoggard e depois a tocava com outros alunos, músicos mesmo incríveis. Era muito inspirador, e acho que é por isso que tantas bandas fixes têm saído de lá nos últimos anos.

S: Sim, no liceu o Alex e eu nos conhecemos, porque éramos das poucas pessoas a ouvir certos tipos de som nessa altura. Os meus irmãos mandava me imensa coisa do UK, e em casa tinha os discos clássicos de meu pai Inglês. Mas depois acho que o lado tropical de Portugal e toda a maravilhosa influência Africana que há aqui também nos afectou muito. Dai vêm o reggae, dub e afro que ainda dá para ouvir na música que fazemos agora com Youthless.

Como está a ser a experiência de tocar enquanto Youthless comparada à vossa experiência passada.

S: Temos bué mais equipamento para carregar e montar do que antes...lol. Mas é mais fácil improvisar com apenas duas pessoas. Conseguimos incorporar os erros, um do outro e segui-lo até sítios novos e inesperados. É muito fixe.

A: Eu estou a curtir bué. Tocar bateria é divertido, mas monta-la é uma grande seca!

O disco Telemachy tem uma relação profunda com o conto grego de Telémaco, a literatura é fundamental para o vosso processo criativo.

A: Sim literatura, cinema e pintura são sempre grandes fontes de inspiração para tudo. A ideia original de usar a historia de Telemaco veio de umas passagens de Ulysses de James Joyce.

Acabaram de lançar o vosso primeiro videoclip, de onde veio a ideia para o mesmo e como foi grava-lo.

S: A ideia foi do director Marco Espírito Santo, um amigo nosso que já nos filmou em Londres e em muitos concertos aqui. Depois foi produzido pelo Miguel Costa e Buenos Aires Filmes que ajudo imenso com a logística toda (que também acabou por influenciar o conceito do vídeo com foi todo feito sem budget nenhum). Foi mesmo fixe ter uma equipa tão incrível de amigos e profissionais, todos a trabalhar a divertir e beber juntos até às 6 de manha. Acho que dá para ver no vídeo que estávamos todos a divertirmo-nos muito.

Depois de terem lançado "Telemachy", o que se segue para os Youthless.

A: Hmmmm...não sabemos exactamente para dizer a verdade. Temos imenso material de momento que estamos juntar para se calhar formar outro EP e depois um LP. Também há a opção de fazer um single para uma editora inglesa que falou connosco.

S: Estamos a tentar fechar-nos dentro do local do ensaio para fazer a pré-produção de todo a material que temos, mas é difícil porque há sempre concertos, e outras coisas que nos acabam por distrair. Acabamos de escrever musica para uma curta-metragem para Marco Espírito Santo, o Alex protagonizou um filme experimental Alemão e eu trabalhei num disco de outra banda na Grécia.

Nota: Para desmistificar o concerto da próxima quarta da banda no Music Box, qualquer pessoa pode aparecer, a entrada é grátis. Ficando a entrada apenas condicionada pela lotação da sala.

domingo, 28 de março de 2010

Poor And Lonely





TORO Y MOI


Chazwick Bundick encontra-se numa demanda para salvar a reputação da música pop. Chaz Bundick ou melhor Toro Y Moi quer fugir aos rótulos que lhe tentam colocar, tendo como sua maior mais preocupação divertir-se enquanto brinca com a música. Quase dez anos se passaram desde que o nome Toro Y Moi nasceu, hoje com 23 e uma maturidade adquirida no meio de muitas músicas este rapaz aprendeu a dominar a arte de criar sons.
Depois de ouvir “Causers of This” o primeiro álbum de Toro Y Moi percebemos que o mesmo se move no mesmo circuito criativo de por exemplo uns Animal Collective ou uns Flaming Lips. O que o distingue destes dois nomes é talvez a frescura que traz e inocência de uma alma nova.
No seu primeiro álbum “Causers of This” ouvimos a sua grande amplitude sonora. Se inicialmente somos apresentados através de “Minors” e “Blessa” ao seu domínio da Dream Pop com a sua voz fantasmática coberta por camada de instrumentais electrónicas que nos puxam e prendem a um mundo do faz de conta. Mais tarde damos de caras com músicas como “Talamak” que nos arrastam para uma pista de dança repleta de paredes psicadélicas. Toro Y Moi não se cansa de se retransformar ao longo do álbum criando um turbilhão entre a nossa mente e os nossos espíritos inquietos.
Esperamos que Chaz Bundick não se canse de experimentar e moldar sons.

Volume Two


Zooey Deschannel é actriz, mas também é cantora. Um actor de repente lançar um disco não é algo inédito, tendo normalmente estas incursões “artísticas” resultados nada positivos. O que torna Zooey Deschannel um caso atípico é o facto do produto da sua colaboração com o mestre M. Ward ser um trabalho coeso e de uma qualidade muito acima da média. Quando em 2008 “Volume One” foi lançado todos ficamos surpreendidos por este presente da dupla, um disco repleto de bonitas melodias pop com um aroma retro e uma personalidade contagiante. O “Volume Two” começa onde o álbum anterior terminou. Neste novo álbum Zooey já não é uma novata e mostra tudo o que aprendeu desde “Volume One”. M. Ward continua no papel de tutor e guia e o papel principal fica a cargo de Zooey que se mostra à altura. “Volume Two” é sem dúvida o melhor papel de Zooey nesta sua curta carreira.

sábado, 27 de março de 2010

Peltzer


Rui Gaio é o homem que controla as múltiplas camadas sonoras do projecto Peltzer, o “one man digital band”.
Peltzer é o ser orgânico que atinge a máquina e cria a partir dos sons digitais pré-programados os rios sonoros que nos envolvem nos seus braços electrónicos.
Segundo as palavras do autor, Peltzer é um homem que sofre na mãos das máquinas, mas é através delas que cria as melodias que ama.
Vindo de Tomar Peltzer cobre as suas canções pop com as sonoridades electrónicas perdidas na década de oitenta e aqui reencontradas através das mãos do mesmo.
O primeiro disco com o título “Outdated” foi lançado recentemente em formato físico mas encontra-se ainda em formato digital na página do artista em regime “donationware”. Hoje apresenta-se no Porto na Janela Indiscreta para conhecer as próximas datas de concertos visitem o myspace da banda.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Lee Ranaldo/Rafael Toral/Time New Viking @ ZDB


Lee Ranaldo guitarrista dos Sonic Youth, aproveitou a sua passagem por Portugal para os seus concertos nos coliseus de Lisboa e Porto nos dias 22 e 23. Para no dia 21 se juntar ao artista Rafael Toral para um concerto na Galeria Zé dos Bois. Para abrir as odes escolheu-se a banda noise, os Time New Viking rapazes de Ohio preza acima de tudo o seu feedback alucinante. Os Concertos começam às 22:00 os bilhetes estão à venda por 10 euros nas lojas Flur e Louie Louie.

B Fachada @ ZDB










domingo, 21 de março de 2010

Cromos da Bola


Este video mais do que a mais a recente música do próximo álbum do fundador da FloCaveira, é o álbum de familia de uma "cena". Aqui os cromos da bola, são os muitos rostos responsáveis pela renovação da música que se faz falando o português.
A mais recente música do álbum V de Tiago Guillul é "São Sete Voltas P'rá Muralha Cair" e como já disse conta com a participação de caras muitos conhecidas.

domingo, 14 de março de 2010

O.N.E.


A experiência psicadélica proporcionada pelos Yearsayer em Ambin’Alp é continuada no mais recente single O.N.E. do álbum Odd Blood. O vídeo de O.N.E. é assinado pelo mesmo colectivo do vídeo anterior, o colectivo Radical Friend.

domingo, 7 de março de 2010

Ibiza Till The Morning



SuperBanda à Portuguesa


Companheiros da editora FlorCaveira os Diabo na Cruz são uma superbanda à portuguesa. Os Diabos na Cruz são o que Portugal tem de mais tradicional. O B Fachada já se havia dedicado anteriormente à pesquisa e reinterpretação da tradição oral portuguesa. Com os Diabo na Cruz B Fachada junta-se a nomes como os de Jorge Cruz para formar uma banda folclórica com atitude rock. Este projecto está mais próximo da tradição de António Variações do que os Humanos alguma vez tiveram. Estes cinco músicos não têm medo de serem portugueses, é isso que se houve por exemplo em “Bico de um Prego” a reconstrução hábil da oralidade do português que se une às tradições musicais do nosso pais.
Esta quebra no marasmo que é a música em português só poderia ter vindo das cabeças deste cinco iluminados Jorge Cruz, Bernardo Barata (Feromona), João Pinheiro (Tv Rural), B (Fachada) e João Gil (V. Economics).
Este projecto é o que se fez de mais alternativo num país que tem medo de ser português.
Virou! será um marco incontornável da história da música que apenas passará ao lado dos ouvidos mais autistas.

Good Hunters - Youthless

Depois de ter aqui anunciado que os Youthless iriam fazer parte do programa de Henrique Amaro na Antena 3, descobri que o programa fez sucesso em terras de sua majestade.
No blog Muso´s Guide podem-se ler novas informações sobre a banda de Alex e Sab e pode-se ouvir também o cover da música “Hooting and Howling” dos Wild Beasts em versão acústica pelos Youthless.
Para terminar deixo-vos o primeiro videoclip dos Youthless, da contagiante “Good Hunters”.

Good Hunters - Youthless

Youthless | MySpace Music Videos

quarta-feira, 3 de março de 2010

Beautiful Images

Guta Naki


Vencedores da edição mais recente do Restart Resound Fest os Guta Naki são uma banda de Lisboetas que usam a língua portuguesa para se exprimirem.
Sendo ainda desconhecidos do grande público os Guta Naki já actuaram em salas como o Music Box.
Comandados pela voz de Cátia Pereira os Guta Naki são fundamentalmente uma banda de ambientes electrónicos, como se pode ouvir em “Margarida”. Mas este trio não tem medo de experimentar novas linguagens em “Mundo Novo” aliam os seus ambientes electrónicos ao fado na voz de Cátia Pereira ou os ritmos espanhóis em “Volúpia do Aborrecimento”.
Espera-se o primeiro álbum desta banda que será editado pela Meifundo Fonogramas enquanto isso podemos vê-los no seu próximo concerto na Livraria Trama.

Sarah Moon







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