sábado, 30 de abril de 2011

tUnE-YaRdS - WhoKill


tUnE-YaRdS é a descomplexada explosão criativa que nasceu na mente de Merrill Garbus. Rapariga de múltiplos talentos de entre os quais um domínio vocal extraordinário que mistura com diferentes camadas de precursão e Ukelele, outros dois dos seus talentos.
Presa entre vários universos estilísticos Garbus neste segundo projecto enquanto tUnE-YaRdS enceta um diálogo entre diferentes formatos sonoros como o folk, o Afro-pop e um rock menos limado e mais experimental.
“WhoKill” é a realização de uma promessa iniciada em “BIRD-BrAINs”. Mais descontrolado mas também mais certeiro que o seu álbum de estreia “WhoKill” pressiona os botões certos nos momentos certos provando ser um dos mais felizes lançamentos deste ano.
A estética Lo-fi continua presente mesmo com a nova produção profissional que fez nascer “WhoKill”, o espírito inquieto da sua autora, continua tão presente como estava na versão caseira de “Bird-BrAINs”.
Em “WhoKill” Garbus reflecte sobre temas tão importante como a raça ou género analisando o seu lugar no mundo com uma voracidade e ímpeto que relembram uma M.I.A. no inicio de carreira. Nunca se perdendo no quadro geral tendo sempre presente a sua própria intimidade como base da narrativa.
Existem imensos pontos que fazem deste álbum uma experiência magnífica, entre eles está o domínio vocal de Garbus que passeia por diferente formatos desde o canto que viaja por diferentes espaços acabando por passar também ao registo falado onde Garbus verbaliza ideias que ferem como lanças afiadas.
As orquestrações são vertiginosas e os ângulos rítmicos dão também lugar a um abstraccionismo formal que faz com esta álbum em conjunto com o álbum de Panda Bear, se tornem em dois momentos dificilmente ultrapassáveis neste ano.
O que faz de “WhoKill” um grande momento musical não é nem o ecletismo estético de uns Talking Heads nem a ideias brutais que perfilam as músicas do álbum é a raça que Garbus coloca na sua música e que a eleva este álbum de simples projecto artístico para um manifesto de opinião.

Martina Hoogland Ivanow




mynameisindie TV #6


Yeasayer - Madder Red. Directed by Andreas Nilsson.


Baths - Lovely Bloodflow. Directed by Young Replicant.


Dirty Gold - California Sunrise. Directed by Panaframe.


Emmy The Great - Easter Parade. Directed by George Lucas.


Gold Panda – Marriage. Directed by Ronni Shendar


Thao e Mirah


O álbum “Thao & Mirah” nasce depois uma tourné conjunta das artistas Thao Nguyene e Mirah ambas as artistas já tinham criado trabalhos em separado, sendo cada uma delas já reconhecida no circuito underground californiano. O álbum nasce da voltande das duas artistas fazerem um álbum em conjunto depois da experiência da tourné. Para além desta duas meninas o disco conta ainda com Merill Garbus como co-produtora do disco. Garbus é a cola que une as idiocincrasias desta duas mulheres que dialogam entre si dando origem a um álbum tão calmo quanto intenso, bailando entre os estilos destas duas senhoras.
Vale também a pena ter em atenção a música “Eleven” que conta com a colaboração directa de Garbus que junta à música das duas criadoras a sua percursão característica.

Illustração #6



Demonbitch Series




Akira Kurosawa Movie Posters Series

º Eric Bonhomme º

"Moment Bends" a desilusão


“Moment Bends” é o registo que marca o retorno do colectivo de Melbourne ao mundo dos álbuns. É o seu quarto álbum que aconteceu depois de saídas e entradas de membros da bandas e depois de uma longa travessia no deserto e marca a volta dos Architecture in Helsinki.

Este colectivo mostrou-se pela primeira vez ao mundo através do álbum “Fingers Crossed” um álbum em tudo coeso, composto por catorze músicas que alimentavam o espírito e nos levavam a um local mais próximo da nossa infância. Mas a verdade é que embora a explosão de energia de “Fingers Crossed” nos fizesse antever um futuro risonho, o que veio a acontecer nos dois álbuns que se seguiram foi uma ressaca dolorosa do primeiro álbum.

Mas se “Moment Bends” era uma possibilidade para um regresso a 2003, tal regresso ao passado não se veio a efectivar. Esta tentativa de renascimento vestida com sonoridades algures dos 80´s cai quase sempre na mediocridade tendo muito poucos momentos que valham a pena mencionar. Quase todas a tentativas de Cameron Bird aparecem demasiado presas a artificialismos e meios electrónicos que se tornam numa grande pasta disforme que pouco interesse nos apresenta.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Os dois Frank Gallagher


A série Shameless foi criada e escrita em grande parte por Paul Abbott, a série é semi-autobiográfica e conta a história da família Gallagher e dos personagens que se vêem envolvidos nas desventuras dos membros desta família. O criador da série Paul Abbott utilizou a suas experiências de crescer em Burnley com uma família disfuncional e um pai alcoólico para escrever o argumento da série.

Shameless retrata a vida de Frank Gallagher um patriarca da família e um alcoólico inveterado que aliena os seus seis filhos. Com um pai ausente e uma mãe que no inicio da série não se lhe conhece morada, a filha mais velha Fiona assume a posição de matriarca da família organizando entre os irmãos um sistema de sobrevivência num meio hostil.

A escrita mordaz e o desempenho de David Threlfall enquanto Frank Gallagher rapidamente, fez desta sério um sucesso de culto. Manchester serve de pano de fundo acrescentando profundidade aos diversos personagens. A fragilidade desta família e a tenção subliminar que se sente e entre os personagens e que preconiza uma espécie de combustão espontânea cria uma ligação desde o primeiro momento do público a estes personagens. Embora os temas mais sórdidos já tenham sido representados neste “dramedy” de Paul Abbott a série nunca cai na tentação do choque por si mesmo. A verdade é que as múltiplas camadas de cinismo escondem uma profundidade que se sobrepõe ao estilo alcançando um nível estético de altíssima qualidade.

Criada em 2004 a série já conta com 8 temporadas, durante estas 8 temporadas a maioria dos filhos de Frank Gallagher de uma maneira ou outra cresceu para lá da influência do seu alcoólico pai. Deixando Frank Gallagher cada vez mais como a espinha dorsal da série. Tendo Shameless se tornado num sucesso ao longo destas oito temporadas é normal o interesse apresentado pelas estações norte americanas para um remake na série.

Os primeiros rumores davam a HBO como a possível responsável pelo remake da série, tendo John Wells como o homem que iria trazer a série de Manchester para a América. A verdade é isso não se veio a concretizar tendo John Wells mudado a produção da série para o canal norte-americano Showtime, responsável por séries como Weeds ou Californication.

Sem querer analisar a validade do remake enquanto expressão artística, a comparação entre as duas versões é obrigatória.

A primeira análise aos trailers apresentados não me entusiasmaram, a transferência do conceito das ruas de Manchester para Chicago não parecia bem conseguida. As idiossincrasias da televisão norte americana substituíram os personagens de Chatsworth por versões que pareciam ter saído de Hollywood em vez dos bairros sociais de Chicago.

A verdade é que o piloto surpreendeu pela positiva começando por William H. Macy que aparece transfigurado num Frank Gallagher que por vezes roça a actuação David Threlfall. Outra surpresa veio da química apresentada pelos filhos de Frank que conseguem recriar a química da série original. A narrativa do piloto segue sempre muito próxima da narrativa do original.

Depois do piloto seguiram-se mais onze episódios onde a série se tornou também um sucesso para o público norte-americano.

Depois de no primeiro episódio terem sido utilizados os créditos da série original, os criadores da série decidiram criar um novo genérico para a série. O novo genérico responde a todas questões da série no mesmo nível que a viagem de Tony Soprano por Seattle.

Este foi o primeiro sinal da tentativa de John Wells de criar uma identidade própria para a série. A série começou também a criar novas linhas narrativas que completassem a teia original. A verdade é que é aqui que a versão norte americana não consegue viver por si só, nunca encontrando o equilíbrio entre a narrativa original e nova. Nunca saindo da zona de conforto e também não sendo capaz de repetir com perfeição a trama original.

Um dos pontos onde as suas séries divergem é a representação dos ambientes e dos personagens, enquanto na série original tudo é cru e naturalista, na versão de John Wells os cenários por vezes parecem demasiados artificiais e fabricados.

Nesta nova versão dois personagens conseguiram ganhar a sua independência, os personagens de William H. Macy e Joan Cusack atingiram um realidade própria. O Frank de William H. Macey possui as suas idiossincrasias, revelando uma alma própria do personagem.

Enquanto série autónoma a versão norte América consegue viver e atingir uma qualidade acima da média com os seus fortes personagens, contudo comparando as duas esta não consegue no entanto atingir o nível de qualidade da série original. Espera-se no entanto que na segunda temporada já confirmada, John Wells consiga romper com o original de Paul Abbott e criar uma série autónoma.

Drawing Machine

Esta curiosa máquina foi criada por Eske Rex, um artista Sueco que foi buscar a inspiração para a construção deste projecto ao período Renascentista. A máquina baseia-se num sistema de pêndulos e pesos que em conjunto controlam uma caneta colocada num de um folha. A máquina não é autónoma necessitando das mãos do artista para funcionar.
Para o artista Eske Rex esta máquina trata-se de uma instalação, uma escultura interactiva num espaço que interage com o público.


sexta-feira, 15 de abril de 2011

Pintura Moderna


Pintura Moderna
é o nome do segundo álbum do duo português Aquaparque. Este segundo álbum tal como o primeiro trata-se de um álbum Pop, pensado de fora para dentro. Quando se fala em Pop no caso dos Aquaparque não se refere um produto de consumo rápido, mas de uma delícia cabal.

As construções caleidoscópicas das músicas e sua estética continuam a fazer sentido com a voz eufórica do Magina da banda. As paisagens lúdicas criadas pelos sintetizadores deste duo, são terrenos que nos levam até momentos de uma história recente. Num turbilhão de referências e explosões de puro génio os Aquaparque passeiam-se tanto pelos anos oitenta de Bryan Ferry e GNR como pelo chillwave de Ariel Pink. Tendo sempre a certeza de que o que se ouve em Pintura Moderna é criatividade pura.

Em termos formais os Aquaparque partilham a técnica com por exemplo Toro Y Moi construiu o seu primeiro disco, uma espécie de corta e cola. Contudo os Aquaparque mostram aqui que o todo é deveras superior às partes que o compõem.

Embora a estética possa nos levar até Brooklyn, existe qualquer coisa na génese das suas canções que nos revela uma alma lusitana. Embora nas suas músicas se oiçam sons que nos transportam para terras mais distantes na sua genética estão coisas como o Variações.

Os Aquaparque nunca se perdem em preocupações de uma busca de uma estética da novidade resolvendo sempre as suas canções recorrendo à qualidade da composição do duo.

Chegado ao fim desta sedutora experiência é bom concluir que Pintura Moderna é um dos maiores tratados da Pop dos últimos tempos, sendo que o que a Pop precisa é da criatividade destes senhores.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Record Store Day 2011


Texto retirado do blog da Loja FLUR com o intuito de divulgar as actividades ligadas ao Record Store Day 2011 que acontecerão na Loja Flur.

13h00 – Flur playlist
15h00 – Alcides (DJ)
16h30 – Afonso Pais & JP Simões com Carlos Barretto (ao vivo)
17h00 – Tiago Sousa toca Zeca Afonso (ao vivo)
17h30 – June (ao vivo)
18h00 – Niagara (ao vivo)
18h30 – Nuno Bernardino (DJ)
20h00 – fim

QUANDO:
sábado, 16 de abril de 2011, entre as 13h e as 20h.

ONDE:
loja Flur e esplanada do restaurante bica do sapato.

EXPOSIÇÃO:
vamos ter uma parede coberta de lindas e coloridas capas de lp,
daqueles que nos fazem pensar em levar (mais) a sério a nossa colecção de vinil.
o Rui Miguel Abreu tem, para nós, uma arca infindável de tesouros
e pelo segundo ano consecutivo é nele que pensamos quando pensamos em exposição de discos.
“Africa” é o tema escolhido e vai obrigar toda a gente a ficar de nariz levantado quando entrar aqui.

BALCÃO:
vamos ter alguns amigos a ajudar-nos do lado de cá do balcão,
atendendo clientes e visitantes, e fazendo também as honras da casa:

Inês Coutinho: A Inês fez parte da equipa da Flur, em 2007/2008,
só um prelúdio de tudo o que anda a fazer na música desde então.
Tem as A.M.O.R., com álbum a ser gravado (produção de Markur dos Photonz e Mushug),
co-apresentadora do Ginga Beat na Antena 3, DJ ocasional, trabalha também com Rocky Marsiano,
na compilação de um disco chamado “Lisbon Bass”.
Mesmo assim, ainda parece só o início.
Não fiquem muito tempo a olhar para ela, precisamos de espaço na zona do balcão.

Rui Pregal da Cunha: Quase já nem faz sentido falar de Heróis do Mar quando o nome do Rui aparece. Toda a gente sabe disso. Actualmente reparte o seu tempo entre publicidade e música, sendo que esta última também faz parte integral da primeira.
Nunca deixou de gostar de música, partilha-a com vontade e, no dia 16,
vai generosamente ajudar-nos a receber-vos enquanto se prepara para,
nessa mesma noite, subir ao palco do Music Box com Os Golpes.
Já fizemos um Super Disco com ele – ouçam tudo aqui:
http://www.teatromariamatos.pt/pt/multimedia/super-disco/dr-buzzard39s-original-savannah-band

Rui Vargas: Mais de duas décadas como DJ sem perder um pingo de actualidade.
Muitos anos, também, como radialista, actualmente podem ouvi-lo na Antena 3 às sextas (20h-22h).
Residência como DJ no Lux, onde também é programador,
e uma incessante vontade e paixão em divulgar a música em que acredita,
garantem ao Rui um lugar importante na vida da cidade de Lisboa.
É nosso vizinho e tem a porta aberta.

Susana Pomba: Quase impossível nunca terem ouvido falar na Susana se vivem em Lisboa
e se interessam minimamente por música ou artes visuais.
Teve recentemente em cena no CCB uma peça – justamente “Susana Pomba” – do André e. Teodósio inspirada por si,
escreve para o jornal Público, comissariou a exposição “O Dia Pela Noite” no Lux,
editora dos “Props” do Teatro Praga e mantém um blog essencial para a documentação visual
de muita coisa interessante que acontece na cidade.
Por falar no blog, prepara actualmente a publicação da Encyclopaedia Dove.
Mesmo que não a conheçam, ela provavelmente conhece-vos.

Tiago Santos: Cool Hipnoise, Spaceboys, Cais Sodré Funk Connection
são algumas das bandas mais visíveis em que o Tiago já tocou ou ainda toca.
Também é DJ há vários anos e vai estar ao balcão da Flur
para reforçar o facto de o single em vinil 7″ de Cais Sodré Funk Connection ser colocado à venda por estes dias.
“Lose It” tem a voz de Rickey Calloway, lenda viva do funk. Apanhem aqui o vosso exemplar… (autografado?)

Zé Pedro Moura: Baixista histórico dos Pop Dell’Arte, DJ histórico no Frágil,
quase tudo é histórico e importante na relação de ZPM com a música,
não menos ainda a continuada actividade do músico e DJ no presente.
Residente no Lux, em Lisboa, e ainda em actividade com os Pop Dell’Arte,
que se preparam para reeditar, em vinil, o seu primeiro álbum, “Free Pop”. Histórico.
Podem perguntar-lhe coisas ao balcão.
Também já partilhou um Super Disco connosco: http://www.teatromariamatos.pt/pt/multimedia/super-disco/sandinista

CONCERTOS:
a nossa loja não é a perfeita sala para concertos, longe disso,
mas neste dia tudo encaixa e tudo faz sentido.
entre a loja e o exterior da bica do sapato,
convocámos 4 concertos de amigos e conhecidos
que acordaram em abdicar das condições perfeitas
e dar-nos um pequeno showcase de trabalhos discográficos recentes.

June: Pedro Magina (Aquaparque) e Guilherme Gonçalves (Gala Drop)
estão envolvidos em muita música de que gostamos
e fazem parte de um grupo de pessoas importantes para a saúde cultural na cidade de Lisboa.
June ainda não tocaram muitas vezes ao vivo e esta vai ser, assim,
uma das – por enquanto – raras oportunidades de os verem.
House ambiental com memórias difusas de rave e boogie é uma descrição em cima do joelho
baseada em “December”. Eles vão mostrar mais coisas.
http://www.myspace.com/june.pt

Niagara: Trio de experimentalistas house com material analógico,
praticam um revivalismo de nada a não ser de método:
música de dança (termo inevitável) feita no momento, à mão,
pouco preocupada em polir a superfície do que se ouve.
CD-R editado pela Dromos em 2010, vinil em perspectiva para 2011.
Sara, Alberto e António vêm mostrar ao vivo as suas ideias rítmicas
e vocês vão assistir a uma aula de trabalhos manuais.
http://www.myspace.com/niagaraaragain

Tiago Sousa: Tiago ainda vive dos elogios de “Walden Pond’s Monk”,
recentemente editado em CD e LP na norte-americana Immune -
Vítor Belanciano disse no Público que é o “disco de confirmação do seu talento”.
E já o estamos a ouvir num terreno bem distante de Thoreau (ou talvez não):
“A Formiga No Carreiro” é um dos muitos temas clássicos de Zeca Afonso,
e Tiago fará a sua versão ao piano, instrumental, na nossa loja,
assinalando assim a estreia da compilação “REintervenção” da Orfeu.
http://www.myspace.com/tiagosousa

Afonso Pais & JP Simões: As lojas recebem por estes dias “Onde Mora O Mundo”,
a estreia deste duo que junta as letras de JP Simões e o talento multi-instrumentista de Afonso Pais.
Canções imersas na grande história do jazz e o sabor da música brasileira
caracterizam em traços muito gerais um álbum que ajuda a re-inaugurar a grande Orfeu.
Para o concerto na Flur, voz e guitarra juntam-se a Carlos Barretto para tornar tudo mais rico e fiel ao disco.

DISC JOCKEYS:
Alcides: Pelo facto de ser histórico na cena nacional,
Alcides não é menos importante hoje na paixão com que passa os discos de que gosta.
Podem ouvi-lo no Lux, geralmente com Tiago, no Arena Lounge (Casino Lisboa)
e alguns locais do circuito do Bairro Alto.
A sua visão como DJ abrange quase toda a música.
Para muita gente há um fosso intransponível entre rock e house.
Isso não existe na sua cabeça.
Sem cedências, e podem apostar que tem muitos discos que mais nenhum DJ em Lisboa tem.
http://www.myspace.com/slightlydelayed

Nuno Bernardino: Nuno é um dos mais activos DJs em Lisboa.
Se nunca ouviram falar dele não estão a ir a alguns sítios onde deveriam.
Dedicação invulgar, desde há alguns anos, à cena house,
depois de um passado mais techno ao lado de Jari Marjamaki no Ballet Mecânico.
Raízes e núcleo essencial da house como não ouvem mais ninguém a defender em Lisboa, neste momento.
http://soundcloud.com/nuno-bernardino

LANÇAMENTOS DISCOGRÁFICOS:
o que seria de um dia das lojas de discos sem discos novos?
aproveitamos este dia para celebrar os recém-nascidos,
montrando-os e tocando-os mais que a maioria.

Esperámos muitos meses por este disco
e finalmente o trabalho está feito e resta esperar os resultados.
“Tomboy” de Panda Bear irá para as lojas no dia 15, sexta-feira,
e o Record Store Day (o nosso e o dos outros) não poderia passar sem ele.

No dia 22, é a vez de outro grande da nossa distribuição.
Com uma semana de antecedência,
vamos fazer o pré-lançamento de “Apocalypse” de Bill Callahan.
Ofereceremos um poster de “Apocalypse” em todas a vendas desse disco – cd ou lp.

Um dos momentos mais importantes deste dia
é a celebração da reinvenção de um nome histórico da nossa música.
A Orfeu renasce este mês com dois importantes discos:
“Onde Mora O Mundo” de Afonso Pais & JP Simões,
de quem iremos receber uma visita para um concerto;
e “REintervenção”, um tributo à vida e obra de Zeca Afonso.
“Grândola Vila Morena”, “Canção Da Paciência” ou “Eu Vou Ser Como A Toupeira”
são algumas das canções que conhecem novas versões.
É uma compilação e uma aventura diferente das que estamos habituados,
e por isso encontramos nas releituras JP Simões com Norberto Lobo,
Cool Hipnoise com Janita Salomé e Sam The Kid, Vítor Rua, entre muitos outros.
Tiago Sousa é um dos participantes e a sua “Formiga Do Carreiro” vai ser tocada ao vivo neste dia.

Há também um single novo a estrear neste dia:
“Lose it/Getting The Corners” é o resultado da actividade frenética
que o colectivo mutante Cais Sodré Funk Connection tem transpirado
por todos os palcos onde têm passado nos últimos anos.
Vão mostrar o single (e outras coisas) no Musicbox dentro de umas semanas,
mas hoje vamos poder ver e comprar o pequeno pedaço de vinil.

SUPER DISCO:
Mensalmente, no café do Teatro Maria Matos,
a Flur organiza as sessões Super Disco com convidados
que partilham as suas histórias em torno de um disco ‘favorito’.
Este sábado é a vez do músico, fotógrafo e crítico Rodrigo Amado e da sessão número 19:
http://www.teatromariamatos.pt/pt/prog/conversas/2010-2011/superdisco19
Vamos falar e ouvir “Before And After Science” de Brian Eno,
e tudo o que este disco gerou depois da sua audição.
Já agora, investiguem e ouçam as sessões anteriores aqui:
http://www.teatromariamatos.pt/pt/audio-video/super-disco

Alex Prager


Alex Prager nasce em 1979 e sozinha domina câmara fotográfica. A fotografia de Alex transporta-nos para o universo do “Pulp”. No trabalho de Alex Prager encontramos a mulher que Alfred Hitchcock filmava com todas suas camadas subversivas. Pensados até ao ínfimo detalhe os cenários que recebem as mulheres fotografadas por Alex Prager são uma porta para um metauniverso muito próximo do cinema. Alex Prager é aquilo que se pode definir como uma realizadora da imagem estática. A Mise en scène ganha nas fotografias de Alex Prager um papel fulcral desde da maquilhagem, à roupa e aos cenários como referi anteriormente. Cada uma das fotos relembra um fotograma de cinema, com cores fortes e fotografadas de ângulos que antecipam uma acção sempre na eminência de acontecer.