quinta-feira, 7 de junho de 2007

Indie e Violinos


Um artigo da Blitz deste mês fez-me reflectir sobre algo que já algum tempo venho a reparar. Nos últimos anos vários artistas têm aparecido possuindo uma vasta cultura música e formação em música clássica, para além disso alguns instrumentos anteriormente resignados a géneros musicais mais eruditos têm vindo a ser reciclados por artistas que nada têm a ver com esse género musical.
Em pleno “Funeral” ouve-se uma orquestra pouco comum, foi através de um grupo de jovens de Montreal que conhecemos a música que mudou a face da música pop no princípio desta década. Mas estes rapazes não utilizam a clássica formação guitarra, baixo e bateria, muito pelo contrário estes jovens para além das guitarras, baixos e baterias são mestres em muitos outros instrumentos comuns a grandes orquestras como o piano, violino, violoncelo, contrabaixo, xilofone, acordião e harpa.
Outro exemplo do fascinio pela música clássica é Owen Pallett ou Final Fantasy para os amigos, conhecido pelos fãs de Arcade Fire é o homem orquestra. Nas suas actuações ao vivo Pallett usa um sampler enquanto toca violino técnica usada também por outro artista do genero Andrew Bird.
Andrew Bird é dono de uma licenciatura em violino, que este usa no dominio perfeito de deste instrumento, como foi possivel assistir nas suas actuações ao vivo em Portugal.
Muitos dos artistas do movimento Freak Folk são também letrados em música clássica. Um dos exemplos disso é a menina bonita do Folk, Joanna Newsom que frequentou o conservatório e utiliza os seus ensinamentos em harpa nos seus últimos álbuns.
É positivo ver a música pop com novas roupagem trazidas por uma geração de músicos formada em música clássica.

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