terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Don't Look Back


Tudo começa com um Bob Dylan jovem segurando um conjunto de placas onde se pode ver a letra da música que acompanha esta imagem. Ao som de “Subterranean Homesick Blues” Dylan vai largando os cartões a principio com alguma de dificuldade em acompanhar o ritmo da sua própria canção. E é assim que começa Don´t Look Back, começa com aquilo que seria considerado por muitos como o primeiro videoclip da história da música, muito antes da Mtv já Bob Dylan mostrava o seu génio criativo.
Don´t Look Back é o documentário trazido até nos pelo realizador D. A. Pennebaker no ano de 1967. Este documentário narra os acontecimentos mais importantes da tour feita por Bob Dylan ao Reino Unido no ano de 1965. Em 1965 Bob Dylan é já uma superestrela no Reino Unido, depois de ter lançado o álbum “Bringing it all Back Home” onde Dylan abraça uma atitude mais rock deixando do lado no A desse álbum a guitarra acústica, este é o álbum onde Dylan se torna eléctrico. Criticado por muitos nos Estado Unidos por ter traído o folk, Dylan é recebido de braços abertos pelo Reino Unido país onde os Beatles eram deuses.
Para além de acompanhar Dylan em algumas das suas melhores actuações nos Reino Unido. Em Don´t Look Back vê-mos Bob Dylan mostrar músicas como “It ain’t me babe”, “It’s all over now, baby blue”, “Love minus zero/No Limit”, “The lonesome death of Hattie Carroll” e “To Ramona” a uma plateia cheia no Royal Albert Hall. Para além do artista vê-mos Bob Dylan fazer o papel de Bob Dylan, este documento acompanha aquele que é a definição do songwriter no seu dia a dia por terra de sua majestade. É no mostrado o mau humor de Dylan principalmente em relação à impressa a quem responde não ser um cantor folk nem tão pouco pop, Dylan responde querer apenas fazer música. Vê-mos as tentativas de Dylan em fugir às multidões que o cercavam, é também neste ambiente electrizante que vê-mos Dylan tentar continuar a escrever e compor mesmo sobre um calendário apertado de actuações. Para além de Dylan no principal papel podemos ver também Joan Baez, Donovan, Alan Price e não esquecendo como é claro Albert Grossman o manager de Dylan.
Este é um documentário obrigatório para qualquer melómano, é nos mostrado como um dos principais ícones da música do século XX se move em plenos anos sessenta.

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