segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

A Magazine is Born


O making of da criação da revista Little White Lies de Fevereiro dedicada ao filme Black Swan de Darren Aronofsky que conta com uma ilustração de Natalie Portman na capa foi cedido no site da revista. Todo o trabalho de criação da revista desde o processo criativo à impressão foi condensado em dois minutos, que podem ser vistos no video que se segue.


sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

mynameisindie TV #4




Toro Y Moi – Still Sound. Directed by Steve Daniels


No Age – Fever Dreaming. Directed by Patrick Daughters


James Blake – Limit to Your Love. Directed by Martin de Thurah


Lykke Li – I Follow Rivers. Directed by Tarik Saleh


domingo, 23 de janeiro de 2011

Samuel Bradley - Young Inner World








Death From Above 1979 de Volta!


Corria o longínquo ano de 2001 quando Jesse Keeler e Sebastien Grainger decidiram fundar os Death From Above 1979 (na altura simplesmente Death From Above, o 1979 só apareceu depois de uma disputa com James Murphy). Em 2004 lançaram “You're a Woman, I'm a Machine”, o álbum que os elevou ao estatuto de banda de culto. Em 2005 decidiram pôr um fim à banda, segundo um comunicado feito pelos dois as razões foram pessoais. Com apenas um álbum e alguns eps lançados, os Death From Above 1979 deixaram assim os seus fãs órfãos e a sonhar com uma possível reunião.
A verdade é que o nome Death From Above 1979 figura no cartaz da mais recente edição do cartaz do Festival Coachella. Keeler e Grainger abandonam assim os MSTRKRFT e os The Mountains respectivamente, nem que seja só por uma noite para voltarem a tocar juntos. Assim 17 de Abril marcará então o retorno aos palcos dos Death From Above 1979 e a realização de um sonho para muitos fãs.
Esperemos que este seja um sinal que os rapazes no fundo no fundo ainda gostam um do outro e que “You're a Woman, I'm a Machine” possa então poder ter um sucessor à altura num futuro próximo.

A Música Portuguesa a Gostar dela Própria








A Música Portuguesa a Gostar dela Própria" é o novo projecto de Tiago Pereira, neste novo projecto Tiago Pereira pega em vários músicos, vindos de diferentes lugares da música portuguesa em comum nestes músicos é valorização pela música portuguesa e busca pelas raízes da música tradicional portuguesa. Todos os vídeos podem ser encontrados na conta vimeo do autor. Em baixo fica um vídeo auto-explicativo sobre o projecto.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Jeff Wall - O Artista dos Espaços Esquecidos

Mimic

Jeff Wall é um fotógrafo radicalizado em Vancouver, a cidade no Canadá, escolhida por muitas das produtoras cinematográficas para filmar muitos dos blockbusters de Hollywood. Contudo a Vancouver de Jeff Wall é uma cidade diferente daquela percepcionada pela maioria dos seus visitantes. Tendo nascido e vivido desde sempre em Vancouver é obvio que a vida da cidade esteja impressa em todas a suas fotografias. Contudo as fotografias de Jeff Wall não se tratam de “snapshots” do dia-a-dia dessa cidade, para Jeff Wall as fotografias são um trabalho sobre a memória e a reinterpretação da realidade. No seu trabalho Wall apresenta os furos e inevitabilidades entre a realidade e a ficção. Os seus trabalhos baseiam-se no conceito de Wall da “arte de não fotografar”, para Wall mais importante do que procurar pelas fotografias do dia-a-dia, é procurar as imagens que se escondem na cidade, em vez de as captar a nu numa câmara fotográfica, Wall guarda essas imagens na sua memória e só posteriormente constrói uma ficção a partir dessa memória, alternando sempre as contribuições da ficção e da realidade em cada fotografia.

Detail from View from an Apartment

As suas fotografias são cuidadosamente pensadas e ensaiadas partilhando técnicas e pensamentos do cinema e da pintura Wall cria imagens que derivam dessas duas técnicas. Contudo Wall não priva na sua obra de uma perspectiva naturalista. Partindo do exemplo de “Detail from View from na Apartment”, uma das fotografias mais conhecidas de Wall. Nesta fotografia Wall não partiu de um conceito mas sim de um problema. Wall sentia que as suas fotografias de interiores pareciam demasiado fechadas e limitadas. Para resolver o problema Wall decidiu acrescentar à fotografia um exterior que proporcionaria uma saída para essa reclusão. Foi a partir deste desafio e devido à resolução encontrada por Wall que o conceito por detrás da fotografia nasceu. Escolhido o fundo que figuraria para além da janela que serviria de fuga ao interior da image. Wall contratou uma mulher a quem concedeu uma quantia monetária e a quem mandou decorar o apartamento como se fosse o seu. Deste modo Wall substituiu a possível visão ensaiada da foto por uma atitude naturalista, captando as duas mulheres no meio das suas actividades diárias. A verdade é que a componente naturalista desta fotografia não passa de uma ilusão pois toda esta componente foi fabricada sobre um ambiente completamente construído para o efeito da dessa fotografia. É nesta linha de performance e realidade que a fotografia de Jeff Wall se move.

The Destroyed Room

Outro dos trabalhos mais reconhecidos de Jeff Wall pode ser encontrado na capa do álbum “The Destroyed Room: B-sides and Rarities” a colectânea de raridades dos Sonic Youth que deve além da imagem o nome à fotografia “The Destroyed Room” de 1978 de Jeff Wall. Esta fotografia tem uma importância fundamental no seio da obra do autor, servindo de ponto de partida para o seu trabalho, estabelecendo um rumo para todo o trabalho que se seguiu a esta fotografia. Sendo quase um manifesto das intenções e do enquadramento da obra de Jeff Wall, esta fotografia é uma resposta contextualizada pelo movimento punk a um espécie de revolta e agressão à vida doméstica.

O trabalho de Jeff Wall é portanto uma viagem por entre os espaços mortos entre a realidade e ficção. É esta linha ténue e os fantasmas que viajam no meio destes espaços que aparecem representados nas fotografias de Jeff Wall.

Ilustração #2





TOMBOY

Photobucket

Parece que é desta. Segundo a Paw Tracks e o próprio, a data lançamento de Tomboy de Panda Bear será 19 de Abril. Tomboy é o quarto disco de Panda Bear o projecto a solo de Noah Lennox.

mynameisindie TV #3



Golden Panda – Quitters Raga. Realizado por Cody Bralts (fan film)

Warpaint – Stars. Realizado por Burke Roberts e Adam Harding

Diamond Rings – Wait & See. Realizado por Colin Medley e Jared Raab

Twin Shadow – Shooting Holes. Realizado por Babak Khoshnoud & H Petty

Yawn – Kind of Guy. Realizado por Druid Beat


sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

AS 61


Passado um ano como prometido a rádio RADAR irá apresentar uma emissão especial para comemorar o dia que António Sérgio faria 61 anos. A RADAR a última casa do maior radialista português preparou uma emissão especial, que contará com a apresentação ao vivo de muitos dos principais nomes da música em Portugal Samuel Úria, Aquaparque e Filho da Mãe são alguns dos nomes que farão parte destas sessões de homenagem a António Sérgio. Para ver alinhamento completo podem ir até ao blog da RADAR.
A partir das 20:00 o cinema São Jorge abre as suas portas a mais um grupo de artistas que pretende homenagear a voz que encheu a rádio durante tantos anos. Do lado dos mais novos Linda Martini, Os Golpes e Dead Combo irão encher o palco do São Jorge. Do outro lado Moonspell, Xutos & Pontapés e Despe & Siga vão animar o São Jorge e recordar a música a que António Sérgio dedicou a sua vida. A emissão será transmitida em conjunto pela Antena 3 e pela RADAR. Quem quiser assistir ao vivo no São Jorge as entradas são 12 euros e podem ser adquiridas nos locais habituais.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Curtas #7

Braids

Antes de se mudarem para Montreal chamavam-se “The Neighbourhood Council”, mas de depois de terem lançado apenas um ep (“Set Pieces) com o antigo nome decidiram mudar o nome para Braids não confundir com a banda emo Braid. Como “The Neighbourhood Council” conseguiram gerar um hype na zona de Calgary de onde são originários, agora como Braids preparam-se para lançar o seu primeiro álbum “Native Speaker”. Esta mudança de nome não se resume a uma mudança estética, esta mudança de identidade deveu-se à mudança no som da banda. Esta mudança trouxe-lhes também o reconhecimento merecido e o seu futuro álbum começa a gerar o burburinho que lhes pode garantir um lugar como uma das revelações do ano. Já foram comparados com os Broken Social Scene mas têm espaço no seu som para uma veia experimentalista que os afasta do pop mais concreto de dois minutos de outras da bandas em busca de sucesso imediato. Ficamos à espera para ver se aposta criada pelo hype em redor deste quarteto será paga em 2011.


We are Trees

Lançaram o seu primeiro ep “Boyfriend” no passado mês de Julho. E passados alguns momentos do inicio da audição de “Boyfriend” e as semelhanças a nível vocal com músico Daniel Rossen dos Grizzly Bear começam a fazer-se notar, ao ponto de nos questionarmos se James Nee não será um pseudónimo de Daniel Rossen. Mas ultrapassando este pormenor curioso no som da banda, a que o músico James Nee não é totalmente alheio, é possível descobrir as idiossincrasias da banda. As músicas são cuidadosamente construídas, as camadas sobrepõem-se milimetricamente, desde a melodia do violino e violoncelo à conjugação dos dois com a percussão firme que dão origem construções melódicas que vale a pena reter. Os vocais mais dreamy de James Nee conjugam-se na perfeição com a orquestração folk presente nas músicas dos “We are Trees, tanto nas fazes mais controladas do ep como nas fazes em James Nee liberta sem grandes loucuras a sua pequena orquestra. Deixando para trás o ep “Boyfriend” James Nee prepara-se para gravar novas músicas, enquanto segundo o próprio se debate com um bloqueio criativo. Esperemos que este bloqueio seja ultrapassado brevemente e possamos ouvir em 2011 o primeiro álbum da banda.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Somewhere on Time





Deixo aqui parte do projecto "Somewhere on Time" de Gabiel Jones mais conhecido pela capa do mais recente álbum dos Arcade Fire. Neste projecto Gabriel Jones mergulha no abismo entre a realidade e a ficção, criando uma estética que cria no íntimo observador uma sensação de artificialidade nestas situações criadas pelo autor longe do estúdio no meio da realidade.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Toro Y Moi de Regresso


O sucessor de “Causers of This” já tem data de lançamento marcada e dará pelo nome de “Underneath The Pine”. O álbum sairá dia 22 de Fevereiro pela Carpark, Chaz Bundick que é o mesmo que dizer Toro Y Moi escreveu “Underneath The Pine” entre tours mesmo antes do lançamento do seu antecessor. Segundo o músico a construção do álbum foi um regresso às origem, sendo que o disco foi gravado quase na sua totalidade em sua casa, “Undeneath The Pine” promete então uma viagem a conceitos mais Lo-fi numa narrativa mais linear. A capa do álbum já foi divulgada e revela um grave problema de gula. Ficamos então todos à espera do segundo álbum de Toro Y Moi que promete desta vez instrumentos ao vivo.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Ilustração #1



























Arte Televisão


As séries televisivas foram desde sempre consideradas as primas pobres do cinema. Do cinema sempre se esperou mais do que entretenimento, ficando o entretimento para as produções televisivas focadas na produção de conteúdos destinados às massas, enquanto que no cinema como arte podem existir qualquer tipo de comprometimentos estéticos ou narrativos, no caso das séries esta como conteúdo de massas sofre de pressões da sua indústria. Contudo o novo século veio provar que estas afirmações estão longe de serem totalmente verdadeiras.
Ao pensarmos na produção televisiva nesta década concluímos que a essa mesma produção não necessita necessariamente de comprometer o processo artístico, a prova disso é por exemplo a HBO onde é dada liberdade criativa aos criadores. Por outro o cinema tem sofrido cada vez mais pressões do mercado, e cada vez mais se assiste à estupidificação do cinema de massas, transformando o cinema num produto de puro entretimento. Um exemplo da perca de dignidade do cinema enquanto instituição, é o prejuízo da percepção da sala de cinema enquanto sala de espectáculos, tendo perdido todo respeito anteriormente dedicado a essa sala. Esta noção tem vindo a ser substituída pela noção das salas de cinema, como uma continuação do parque de diversões que são os centros comerciais. O realizador João Botelho tentou resolver esse problema transportando o filme para as salas de teatro. O realizador achava que a sua adaptação do Livro do Desassossego merecia a imponência das antigas salas de cinema, dai esta sua tentativa de recuperar imponência das antigas salas, utilizando prestígio que as salas de teatro ainda possuem.
Voltando atrás às divergências entre o cinema e série televisiva, é importante afirmar a impossibilidade da transferência directa de uma linguagem de um meio para outro, a adaptação de um formato no outro resulta quase exclusivamente na transformação total do formato reafirmando a impossibilidade da intertextualidade dos dois formatos. A verdade é que enquanto linguagem o cinema possui poucas semelhanças com linguagem televisiva. No cinema o argumento, a “história” é secundário o importante é o modo de filmar, um exemplo máximo da narrativa paramétrica é o filme de Robert Bresson “Pickpocket” em que o estilo subjuga a história. Por outro lado a base da narrativa das séries é o diálogo e o argumento, dando muito mais importância à oralidade do que à imagética.
Por exemplo no caso do cinema é o realizador que assina a obra, no caso da televisão quem assina a obra é o argumentista. Isso explica-se porque as séries televisivas estão mais próximas da literatura do que do cinema. Na televisão o papel do realizador é secundário, sendo o argumentista o principal responsável criativo do produto final, enquanto que no cinema o argumentista tem um papel por vezes secundário, sendo poucas vezes referido. As semelhanças entre os estes dois formatos prendem-se quase exclusivamente em termos técnicos. A produção televisiva de autor aproxima-se mais da construção narrativa da literatura em muitos aspectos como o exemplo da divisão da narrativa em capítulos na literatura e em episódios nas séries. A linguagem cinematográfica pressupõe diferenças mais marcadas entre as duas linguagens, sendo a literatura e o cinema linguagem mais remotas. A linguagem cinematográfica parte de um apoio predominantemente imagético, o cinema deve conseguir transmitir a mensagem baseando-se apenas num plano inundado por um sistema signos capaz de transmitir a mensagem. Essa construção narrativa por planos diferencia-se completamente da técnica narrativa utilizada pela literatura. Por outro lado as séries dão importância ao argumento em detrimento da estética da mise-en-scéne. Depois de conseguida a independência entre estas duas linguagens passarei a tentar demonstrar a série com uma arte autónoma.
Mas antes uma pequena comparação entre os dois mídias, o cinema foi arte desde as suas origens, isso é evidente na forma como por exemplo Georges Méliès e Dziga Vertov desde o inicio utilizaram as possibilidades técnicas do cinema na criação de um estética própria passível de ser designada arte. Por outro lado no caso do pequeno ecrã a sua produção no seu início é completamente pensada apenas como entretimento. São recentes os primeiros exemplos de libertação da televisão do simples entretenimento. E alguns desses exemplos foram possíveis graças a migração de talento do cinema para a televisão. Talvez o primeiro a realizar algumas experimentações com esta linguagem televisiva foi Alfred Hitchcock com a sua antologia de thrillers de mistério em “Alfred Hitchcock Presents”. Outro exemplo de experimentação com esta linguagem televisiva autónoma foi em “Twin Peaks” de David Lynch. David Lynch transporta com “Twin Peaks” muitos dos temas por ele já trabalhos no cinema, mas desta vez em conjunto com Mark Frost utilizou as possibilidades deste novo meio para criar novos sistemas de transmissão da mensagem neste meio. Outros dois exemplos de realizadores que fizeram uma incursão na televisão foram Lars Von Tries com “Kigdom” e Krzysztof Kieślowski com “The Decalogue”. Estes dois exemplos embora tenham tido a sua emissão no pequeno ecrã possuem uma linguagem muito presa à linguagem cinematográfica.
Esta transição que aconteceu desde os anos noventa até esta década de conteúdos mais seguros, produzido para as massas para um novo tipo de conteúdos mais arriscados e subversivos, não aconteceu sem contratempos. Por exemplo a série “Profit” lançada em 1996 foi cancelada ao fim de 5 episódios, depois de vários espectadores terem telefonado para a emissora Fox argumentado que o conteúdo da série era demasiado amoral para passar na televisão. Esta série é vista hoje em dia como a precursora de muitas das séries que apareceram anos mais tarde séries como “Dexter” ou os “Sopranos”. Outro dos factores preponderantes para este desenvolvimento do conceito de arte televisão sem dúvida a HBO e a sua politica de garantir aos seus criadores a liberdade criativa que a produção televisiva não tinha até então, permitindo a esses autores o corte com a necessidade de produzir um conteúdo para as massas. Um dos primeiros sucessos da emissora foi a série “Sopranos”,nos três anos que separam o cancelamento da série da “Profit” do inicio de “Sopranos”, o criador da série David Chase conseguiu colocar a audiência a torcer por um pai de família com ligações à máfia de Detroit, este “herói” mata, rouba e viola, mas o público consegue sentir empatia pelo personagem, provando a mudança de consciência do público televisivo. Outro exemplo produzido pela HBO foi a série “Six Feet Under” criada por Alan Ball, “Six Feet Under” é o retrato pós-moderno do seio de uma família de classe média que entra em comunhão com a inevitabilidade da morte. Embora o tema central da obra seja a morte e sua influência nos personagens da série que são donos de uma agência funerária. Alan Ball é um criador exímio de personagens dando importância desmedida ao desenvolvimento desses mesmos personagens. Allan Ball leva o desenvolvimento e crescimento dos personagens ao absurdo mostrando todos os pormenores da vida e dos relacionamentos desses personagens até à morte de todos esses personagens. Mais um dos pontos fortes em “Six Feet Under” é o diálogo, aqui ao contrário do cinema a oralidade e o argumento têm um papel fundamental na construção destes personagens e desta narrativa. Dois outros exemplos produzidos pela HBO, Deadwood e The Wire são mais dois exemplos do roubo do processo literário para a televisão, mais do que construção pensada a fundo dos diálogos, a construção narrativa destas duas séries é em tudo semelhante à de muitos clássicos da literatura. Embora ambas as séries em primeira instância possam pertencer a géneros clássicos como Western ou o Policial, estas duas séries ultrapassam as convenções desses géneros, passando essas convenções a ser apenas um ponto de partida que não se esgotam ultrapassando esses limites até novos planos da meta linguagem.Continuando na HBO, passamos à mini-série “Angels in America”, um dos factos que prova a importância da televisão no meio audiovisual americano é a presença de nomes como Al Pacino ou Meryl Streep nesta produção. Até há uns anos atrás seria impossível imaginar dois actores do seu nível participarem numa série televisiva. Pois esse facto seria considerado suicido profissional. Este é o maior exemplo do papel da televisão na cultural actual. Outra particularidade desta série é o pormenor no genérico onde aparece um filme de Mike Nichols em vez de criado por Mike Nichols.
Mas a produção televisiva não se resume à HBO a AMC conseguiu também produzir séries como Mad Men ou Breaking Bad que mantêm o mesmo nível de qualidade das séries da HBO.
Concluo então garantido que século XXI foi a confirmação deste novo conceito de arte televisão, tendo a televisão se tornado num refúgio para muitos dos argumentistas cansados de Hollywood.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Prince Rama


São um trio de Brooklyn, ex-Hare Krishna e respondem pelo nome Prince Rama. Aquilo que fazem não se pode descrever com facilidade em palavras mas estará perto de folk psicadélico agitado por música tribal. E que não se pense que a música dos Prince Rama se resume a uma pequena operação de charme com umas pinceladas de tribalismo no final. Porque a veia tribal do três membros não se perde numa pequena inspiração das arte tribais, consigo além dos tambores vem também o pacote completo que trás incluído os cânticos em sânscrito.
A imagem da jangada no rio amazónias criada por eles no seu press release levou-me para outra jangada também no rio amazónias sobre um rio multicolorido com pássaros a entoarem mantras escritos por Henry Miller, e eles nessa jangada a dançarem prestes a entrarem num portal mágico que o engolirá aos três e os irá transformar numa bola de luz alucinógena.
A verdade é que seria de esperar que a mescalina fosse uma substância que não faltaria na casa destas três personagens mas a verdade é que eles não se drogam e as alucinações são uma cena totalmente interior.
As irmãs Tarak e Nimai Larson conheceram Michael Collins no seio da comunidade Hare Krishna, já fora da comunidade e depois dos três terem estudado artes na universidade e lançarem três álbuns conheceram Avey Tare que os levou até à Paw Tracks a editora dos Animal Collective, os próprios. E aí lançaram o seu quarto álbum “Shadow Temple” que viu as prateleiras no passado ano de 2010. Fica aqui a loucura tribal de “Om Namo Shivaya”

sábado, 1 de janeiro de 2011

2010-2011


Este ano não haverá listas saudosistas, nem nenhum tipo de exercício de futurologia. Deixo apenas aqui um aceno ao novo ano.