um trecho de o nosso reino de Valter Hugo Mãe.
domingo, 17 de outubro de 2010
o nosso reino
“o senhor hegarty era albino e media quase dois metros. punha-se entre nós como uma estátua de mármore muito macia e viva. eu achava coisas estranhas sobre ele e a sua brancura. dissera-me que a sua mãe o tivera sozinha, já o seu pai morto há muito num azar. o senhor hegarty foi gerado nesse amor por seu pai morto. um amor comunicado entre vida e morte, como pedido insistente dos olhos da morte sobre um filho a nascer. por isso se esbranquiçou seu corpo para a cor das nuvens, o senhor hegarty tendeu para anjo, e assim foi. o nosso senhor hegarty já não me enganava, ainda que ele desacrediatasse ser verdade o que eu pensava, supunha com a sua voz de anjo, e cor de anjo não lhe faltava, o senhor hegarty tendia para anjo como um homem prometido ao céu.”
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