domingo, 29 de junho de 2008
Riding Pânico
Os Riding Pânico são uma banda portuguesa de Lisboa que se move por composições Post-Rock normalmente características de bandas radicalizadas em outros pontos do globo.
Formados por membros dos “If Lucy Fell” e “Meneater” bandas conhecidas no circuito nacional por uma sonoridade mais pesada, os Riding Pânico movem-se por outros caminhos. Os Riding Pânico encontram-se mais à vontade em sons melancólicos com orquestrações rock muito intensas, construídas sobre várias camadas eléctricas que flúem nos loops de guitarras.
Os Riding Pânico embora menos soft que algumas das bandas do género são sem dúvida mais hardcore que a maioria.
E assim os Riding Pânico vão criando uma história pelos palcos de Portugal onde já escreveram várias actuações memoráveis no mapa deste país. Na história desta banda já figuram dois eps e um álbum de originais que os tornaram mais conhecidos no meio underground português. A este septeto apenas esperamos que se torne na confirmação que vem vindo a prometer desde do seu início.
sábado, 28 de junho de 2008
Marnie Stern
Marnie Stern é uma guitarrista de Nova York, que tem como principais influências o riot grrrl, em especial a atitude agressiva e vozes fortes dos Sleater-Kinney. Embora possua o credo Indie não tem medo de pisar terrenos pouco seguros para os da sua espécie. O som de Marnie Stern é puro rock suado sem esquecer o noise dos Sonic Youth e o hardcore dos At the Drive-In. Considerada por muitos críticos como uma guitarrista exímia e conhecida por um estilo um pouco atípico de tocar guitarra, Marnie Stern lançou no ano passado "In Advance of the Broken Arm" album que recebeu boas criticas da imprensa de Nova Iorque. Aqui fica "Every Single Line Means Something" musica retirada desse mesmo álbum.
quinta-feira, 26 de junho de 2008
George Calin 1937 - 2008
No passado dia 22 George Carlin um dos melhores artistas de stand-up comedian vencedor de quatro Grammys faleceu com 71 anos. Conhecido pelo seu humor negro acutilante sem medo de passar a linha do politicamente correcto. Aqui fica um momento protagonizado por George Carlin onde o autor disserta sobre a religião.
quarta-feira, 11 de junho de 2008
Spiritualized
Jason Pierce voltou à Terra e trouxe consigo "Songs in A&E" o seu mais recente álbum de originais. Ao fim de algumas audições é perceptivel que Jason Pierce não se limitou a juntar algumas canções e gravar mais um álbum. "Songs in A&E" é o documento de uma fase difícil do autor que esteve numa situação quase fatal, mas conseguiu encontrar o caminho de volta a casa. E este álbum acompanha o autor enquanto este revê esse mesmo caminho.
Os elementos chave dos álbuns anteriores contiuam presentes, o gospel, o jazz e o rock contiuam a ser o triunvirato sagrado para os Spiritualized.
As referencias ao fogo e à alma também continuam presentes como é possível observar no titulo desta música "Soul on Fire"
terça-feira, 10 de junho de 2008
Natalie
"-Do you know what i do when i feel completely unoriginal?
- I make a noise or i do something that no one has ever done before ant than i feel unique even if it's for like a second"
in Garden State
Cashback
Quando se consegue em cerca de 20 minutos contar uma história porquê expandir a sua narrativa por mais tempo.
É com esta questão que Sean Ellis tem de ser debater em Cashback, para além disso Sean Ellis corre o risco de ao transformar esta curta numa longa-metragem que esta perca a sua identidade.
Depois de assistir à longa se que se segui-o à curta consegui voltar a sentir aquilo que senti com a primeira. Mas embora o corpo continue lá por vezes senti que haviam artifícios colados ao corpo da narrativa mas não encaixavam bem, a cena do jogo de futebol depois de assistida no conceito do filme deixa-nos um sabor de trivialidade agridoce que ocupa tempo da história.
Mas relação ao enredo desta curta transformada em longa, este foca-se em Ben Willis (Sean Biggerstaff) um estudante de arte que perde a capacidade de adormecer depois uma relação com final difícil. Depois de algumas noites onde este vagueia pelo quarto divagando sobre a inconsistência da passagem do tempo, este decide empregar as novas oito horas da sua noite num emprego num supermercado. È principalmente neste local no meio de prateleiras e balcões que o protagonista deambula reflectindo sobre a figura feminina e todas as suas formas. È também neste supermercado que Ben encontra a sua nova musa. É assim no meio de flashbacks e interrupções do tempo que a história de Cashback flúi.
Para além da realização de Sean Ellis e das excelentes interpretações de Sean Biggerstaff e Emilia Fox é necessário também referir a montagem cuidada e fotografia muito bem conseguida do filme.
É com esta questão que Sean Ellis tem de ser debater em Cashback, para além disso Sean Ellis corre o risco de ao transformar esta curta numa longa-metragem que esta perca a sua identidade.
Depois de assistir à longa se que se segui-o à curta consegui voltar a sentir aquilo que senti com a primeira. Mas embora o corpo continue lá por vezes senti que haviam artifícios colados ao corpo da narrativa mas não encaixavam bem, a cena do jogo de futebol depois de assistida no conceito do filme deixa-nos um sabor de trivialidade agridoce que ocupa tempo da história.
Mas relação ao enredo desta curta transformada em longa, este foca-se em Ben Willis (Sean Biggerstaff) um estudante de arte que perde a capacidade de adormecer depois uma relação com final difícil. Depois de algumas noites onde este vagueia pelo quarto divagando sobre a inconsistência da passagem do tempo, este decide empregar as novas oito horas da sua noite num emprego num supermercado. È principalmente neste local no meio de prateleiras e balcões que o protagonista deambula reflectindo sobre a figura feminina e todas as suas formas. È também neste supermercado que Ben encontra a sua nova musa. É assim no meio de flashbacks e interrupções do tempo que a história de Cashback flúi.
Para além da realização de Sean Ellis e das excelentes interpretações de Sean Biggerstaff e Emilia Fox é necessário também referir a montagem cuidada e fotografia muito bem conseguida do filme.
segunda-feira, 9 de junho de 2008
Karma Police
Será que ainda somos nós quando a imagem se sobrepões à essência. Não perdemos nós a alma há muito tempo tal qual Dorian Gray, se não somos mais nós mas a nossa imagem. O que se segue quando o mundo acha que atingimos a perfeição. Será possível alguma vez virmos a sentir o sabor do ar do topo por mais que o tentemos alcançar, ou pior e se estivermos fadados a repetir o sucesso sem que este tenha significado. Será possível sair desta estrada onde tudo são luzes, aquelas luzes que formam as sombras a cada curva. Quando deixamos de ser nós para passar a ser parte da máquina, quando é que a maçã se tornou irresistível demais.
Eu só estou à espera que acendam as luzes para poder ver todos aqueles que se encontram à minha frente, será possível tocar a todos eles mesmo aqueles aquém os olhos não consigo alcançar, porque repetem eles as minhas palavras como se as conhecessem como se lhes pertencessem. Quando é que elas deixaram de ser minhas para serem deles.
Quando é que a nossa arte deixa de ser sonho para ser datas a cumprir num calendário que não para de crescer.
Eu só queria ser especial mas não passo de um cretino, à espera de repetir aquilo que outros já fizeram talvez com mais habilidade que golpe de sorte ou azar me trouxe até aqui.
about "Radiohead - Meeting People Is Easy"
segunda-feira, 2 de junho de 2008
Música do Mundo em Português
Os movimentos musicais são algo orgânico movendo-se, de forma inopinada. É difícil adivinhar o que se segue, qual a próxima fonte criativa. Mas seguindo um raciocínio simples é de se esperar que quando a fonte criativa intrínseca seque que a procura se volte para outros locais criativos, muita vezes essa mudança quer dizer uma mudança geográfica. E esse é o princípio básico da world music.
Talvez esse principio se possa transcrever para a música indie que já existe desde dos anos oitenta e já se reinventou várias vezes embora o world music não seja uma noção nova para a música indie os Talking Heads são disso bons exemplos. Tem se visto crescer uma nova geração de world music ligada à música indie com nomes como os Beirut, Vampire Weekend ou DeVotchKa.
Movendo todos estes conceitos para o panorama português podemos caracterizar parte da música mais mainstream ou nem tanto desde os anos 70 como uma música fortemente influenciada pelo eixo anglo-saxónico. As bandas rock portuguesas sempre foram fortemente influenciadas por tudo aquilo que se faz em terras de sua majestade ou pelo som mais americano.
Mas todo este movimento musical português é algo recente, não sendo característico da nossa nação. Por sua vez o Fado é a linguagem de Portugal, tal como a nossa bandeira ou o nosso hino o Fado faz parte de Portugal.
Mas o que acontece quando se funde uma linguagem que é nossa com outra que não nos pertencendo mas ao mesmo tempo nos diz tanto.
A resposta a essa questão vem sobre a forma de um projecto lisboeta, uma cidade com alma de fadista. Os A Naifa são um projecto que pretende unir a poesia do Fado a sons “estrangeiros”. O nome desta banda espelha toda a dicotomia desta união “Naifa” que vem da palavra inglesa “Knife”(faca), faz parte do calão tão português.
Os A Naifa são ao mesmo tempo guitarra portuguesa e sintetizadores. Os A Naifa são Fado sem capa mas como muita Pop, esta banda pega em tudo o que é mais português e dá-lhe tudo o que os últimos anos de música pop tiveram de melhor.
Os A Naifa são formados por velhos conhecidos da cultura pop portuguesa João Aguarela (ex-Sitiado) e Luís Varatojo (Peste & Sida) que se juntaram a Maria Antónia Mendes uma voz que é Fado. A pergunta que fica no ar é o que acontece à saudade no meio de sintetizadores e guitarras portuguesas amplificadas. Que coisa estranha é esta será “Electro-Fado”?
Mas se os A Naifa são Fado com roupas Pop, o que acontece quando se toca rock com guitarras portuguesas.
O que uniu Tó Trips e Pedro V. Gonçalves foi a música de Carlos Paredes. Mas o que une Carlos Paredes aos velhos westerns de Sergio Leone. A resposta os Dead Combo a banda que se uniu para gravar uma música de homenagem a Carlos Paredes. O som dos Dead Combo é difícil de definir mas uma imagem que me vem à cabeça quando penso nos Dead Combo é a de um Ennio Morricone apaixonado pelo Fado. Mas se os Dead Combo são a melancolia do Fado são também o flamengo, o tango e cuba tudo ao mesmo tempo. Com já três álbuns lançados tendo o último álbum “Lusitânia Playboys” sido lançado à pouco tempo os Dead Combo são já uma das bandas mais importante do novo movimento musical português. Os Dead Combo são a banda sonora do que é ser português sem esquecer o mundo.
Mas se os Dead Combo e os A Naifa são os principais rostos do world music que se faz em Portugal este não termina neste dois nomes. Os München banda que possui membros dos Pinhead Society, são bastante influenciados pelos sons que se fazem por esse mundo fora, já fizeram parte dos novos talentos da fnac. Os Deolinda banda irmã dos München fazem Fado sem melancolia e guitarra portuguesa e com pouco de humor. Outros são os nomes de portugueses em sintonia com o mundo. Para ver estes nomes e outros de outras partes do globo é preciso movermo-nos até Sines por época do FMN (Festival Músicas do Mundo) para lá entrarmos em comunhão com a melhor música do mundo que se faz sem fronteiras.
Dead Combo - Putos a Roubar Maçãs
A Naifa - Monotone
No Kids
O que fazer quando até no panorama alternativo se vai contra a corrente, o que fazer quando se é mais alternativo que os alternativos. Talvez a resposta a esta questão esteja em fazer um álbum pop sem os clichés da cultura indie actual.
A capa de “Come Into My House” é quase um retrato de um final de tarde primaveril talvez em plenos anos 50 ou 60. E que melhor imagem para descrever o som deste grupo canadiano que faz música despretensiosa para ouvir ao final da tarde. O título é perfeito é assim que queremos receber as pessoas em nossa casa. O pop é clássico mas levemente polvilhado com sons electrónicos, que os No Kids não têm medo de associar a um R&B inteligente (e bastante nerd até) que dá mais corpo a estas canções.
Vale a pena relaxar ao som destas músicas adultas tocadas por estas pessoas com muita noção da sua criança interior ao contrário do que refere o título.
Robert Forster
As parecenças encontradas nos caminhos musicais de Robert Forster e Stephen Malkmus são inegáveis. Líderes de bandas indie importantes nos finais dos anos oitenta e durante os anos noventa, que abandonaram as respectivas bandas para abraçar uma carreira a solo. É por mero golpe do destino que apenas um deles se tenha tornado querido para toda a comunidade indie. Dito isto existem dois pontos a reter, que são os seguintes nem os The Go-Betweens são os Pavement nem Robert Forster é Stephen Malkmus.
Enquanto Malkmus continua numa carreira com os The Jick nem sempre muito ortodoxa, por seu lado Robert Forster acaba de lançar “The Evangelist” o seu mais recente álbum e talvez o seu mais inspirado álbum a solo.
Grant McLennan antigo companheiro de Forster nos The Go-Betweens, faleceu em 2006 deixando os fãs da banda órfãos. Mas em “The Evangelist” Robert Forster fez questão de mostrar a voz de Grant McLennan por uma última vez. Assim é “The Evagelist” um disco de música intensas que mostra a dupla Forster/McLennan numa da suas épocas mais inspiradas. Este álbum é o ponto final dos The Go-Betweens e um ponto alto na carreira de Robert Forster.
The Dodos
Em pleno século XXI Meric Long e Logan Kroeber pegam na guitarra acústica e trazem-nos de volta o Folk na verdadeira ascensão da palavra. Deixando as produções pesadas exigidas pela indústria de lado este duo de São Francisco não tem medo de mostrar o “Freak” do seu “Folk”. Em “Visiter” o segundo álbum da banda temos os blues típicos americanos vestidos de cores berrantes e a gritar para serem libertados. Embora possamos encontrar no meio destas 14 canções músicas que podem ser descritas com Folk Pop mais clássica a fazer lembrar bandas como os Iron & Wine, Meric Long e Logan Kroeber preferem mostrar um som mais atípico.
Num álbum que promete ser folk as guitarras acústicas não são os únicos lemes de deste barco. Neste álbum a percussão não é de modo algum descurada muito pelo contrário. Os Dodos não têm medo de parecer por vezes uma tribo africana me pleno ritual pagão. Meric Long foge do arquétipo do músico folk tradicional, em “Visiter” Long não dedilha a guitarra, ele luta com ela enquanto Kroeber acompanha esta banda sonora atordoante. São as batidas desconcertantes em comunhão com as guitarras acústicas que fazem de “Visiter” um dos primeiros álbuns de 2008 a ter em conta. “Visiter” prova que existem ainda pelo menos dois Dodos a pisar a terra.
Concertos em Táxis
Mando parar o táxi, o táxi é preto, abro a porta e no banco de trás encontro Carl Newman e Kathryn Calder os outros membros dos The New Pornographers devem ter apanhado outro táxi. Parecem não se terem esquecido dos instrumentos e depressa começam a tocar All The Old Showstoppers. A viagem chega ao fim saio do táxi mas fico a pensar será que encontrarei a Scout Niblett na viagem de regresso
domingo, 1 de junho de 2008
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