sexta-feira, 16 de maio de 2008

IndieLisboa '08


Por esta altura mais um Indie Lisboa terminou e está na altura de se fazer o rescaldo de mais uma edição que trouxe o melhor do cinema independente mundial a Portugal. O festival que todos os anos promete ser o paraíso para a maioria dos cinéfilos que tentam fugir às grandes salas cinema, contou com as homenagens a Johnnie To, a José Luis Guerin e ao Novo Cinema Romeno. Este ano pude ver nas várias salas de cinema de Lisboa que acolheram o festival alguns filmes do meu agrado entre eles o filme romeno de Thomas Ciulei filho do realizador Liviu Ciulei, Flower Bridge um documentário centrado numa família moldava, que luta para se manter unida numa pequena vila do interior depois da partida da mãe para Itália. O filme conta as participações de Costica e os seus filhos que relatam as tarefas diárias numa narrativa semelhante à de um diário. Pude também assistir a Pas a Nivell um fime do realizador espanhol Pere Vilá, o filme conta a história de um rapaz com medo de crescer. Uma das primeiras cenas do filme mostra o protagonista a pedir à sua professora para que o reprove para que isso o impeça de terminar o seu curso. O filme mostra um rapaz que deambula pela cidade perdido em si mesmo tendo como única referencia a sua avó, que morre mais tarde no filme deixando-o ainda mais perdido. A narrativa de Pere Vilá causa algum desconforto ao público provocado pela acção inexistente no filme.
Do cartaz do IndieMusic que contava com grandes filmes com Lou Reed’s Berlin ou Patty Smith – Dream of Life pude a assistir a The Field Guide to North America o documentário que serve de registo à melhor música indie que se faz nos EUA e Canadá. O filme é uma compilação de videoclips de alguns dos melhores artistas actuais dentro os quais se destacam Johanna Newsom, Devendra Banhart, Wolf Parade, Fiery Furnaces e Smog. O filme peca apenas por não construir um registo documental à volta dos vários videoclips.
No que toca ao panorama nacional tive a oportunidade de assistir ao filme Via de Acesso vencedor do prémio para melhor longa metragem nacional. Este documentário é o retrato da vida das pessoas, nos subúrbios de Lisboa. É a voz dos bairros clandestinos que crescem nas saídas da capital.
Para mim um dos pontos fortes deste festival foi o filme do grego de Alexander Voulgaris, Pink o nome da cadela do protagonista, interpretado pelo próprio realizador, serve de titulo para o filme. O filme percorre uma narrativa já conhecida aos fãs de um tal de Richard Linklater, é um filme de relações umas mais comuns que outras. Vassilis Galis o protagonista sofre com os sentimentos que o perseguem.
Para terminar num registo mais leve temos Help! o filme de Johnnie To gravado em 27 dias que conta história de um hospital onde os médicos não tratam dos doentes, as enfermeiras não ajudam os médicos e os auxiliares de limpeza não limpam. É uma comédia negra ao estilo de Johnnie To.
O Indie Lisboa promete voltar para o ano com mais uma grande programção dos melhores filmes indie que se fazem nos quatro cantos do globo.

Sem comentários: