sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Música de várias Tonalidades


Os Radiohead estão de volta e nas próximas semanas será difícil conseguirmos ouvir algo que não seja o álbum que se segue a “Hail to the Thief”. Neste mesmo dia será difícil encontrar um site ou blog, ou mesmo qualquer meio de comunicação que se dedique a difusão da música, em que o principal destaque não seja o novo “In Rainbows”. Portanto para não contrariar esse facto que parece já ter sido elevado ao nível de lei, eu próprio irei dar a minha opinião sobre álbum mais aguardado deste ano de 2007.
Quando finalmente carregamos no play e começamos a ouvir “In Rainbows” a sensação que depressa nos invade é que é bom ouvir de novo Thom Yorke com os Radiohead, e só agora percebemos as saudades que cresceram a um ritmo alucinante desde “Hail to the Thief”. Desta banda que fez valer a pena sermos nascidos nos anos noventa e já termos idade para apreciar o talento inesgotável destes senhores.
O álbum começa com as primeiras batidas de “15 Step”, Thom Yorke está em forma e vem acompanhado com um som muito jazz acompanhado pelas batidas electrónicas já conhecidas, entretanto Jonny Greenwood acompanha de longe esta primeira música. “Bodysnatechers” é a música que se segue e aí sim encontramos aquilo que parecem ser várias guitarras a uma velocidade alucinante, sempre com o bom gosto de Greenwood. Em “Nude” encontramos uma música que há vários anos vem sendo rescrita e reinterpretada, depois de esboços e maquetas encontramos uma das músicas mais introspectivas e profundas do álbum. “Weird Fishes/ Arpeggi” tem traços de orquestração Post-Rock, enquanto “All I Need” percorre vários sentimentos como o desejo acabando no amor. “Faust Arp” acrescenta aquilo que ficou por acabar em “Nude”. “I don’t want to be your friend, I just want to be your lover” assim começa “House of Cards” uma canção sobre relacionamentos. O álbum termina com “Videotape” e termina com magia, que nos faz pensar no limiar da criação. Antes de terminar nós já carregámos no repeat como se tivéssemos a viver um ciclo interminável. “In Rainbows“ é o fiel sucessor de tudo o que “O.K. Computer” criou, e graças a esse mesmo “O.K. Computer”, “In Rainbows” não nos toma de rompante pois “O.K. Computer” habitou-nos à perfeição.

2 comentários:

carlota ambrósio disse...

Muito boa critica.
Parabéns

Anónimo disse...

eu [ainda] nao ouvi, mas QUERO