domingo, 8 de abril de 2012

Parergon absens


Qual é a história?
Limite plural do organismo inexistente.
Linha sussurrada no deserto, de que é feito o giz que queima a carne.
A carne, vianda mole, que se contrai e deforma à passagem da máquina.
Qual é a história?
O tempo já não é espaço, o tempo é sensível, o tempo é memória, memória  que o cogito não alcança.
Devir animal, animal, animal selvagem de jaula aberta.
A casa de Aristóteles, feita em ruinas pelo canhão do couraçado.
Qual é a história?
Escapou a Alexandre, Napoleão e Hitler. Mas na folha de Rimbaud se materializou.
O que terá a imanência sussurrado a Bacon. Que marcou na tela – farta - as singularidades de Deus.
“Esquizices” -Interferências, cadências vagas, fendas várias.
Qual é a história.

Mulher Cão, Paula Rego, 1984

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