Critico
A crítica é autobiográfica. Esta longa-metragem é uma espécie de realização de um fetiche recalcado de um qualquer crítico. O homem, o critico possui no seu cerne uma pulsão que o impele a fazer parte de algo. Neste filme o critico é mostrado como parte integrante e fundamental da construção cinematográfica, este filme é um objecto de prazer para o ego do ser crítico, um prazer que por vezes trás um gosto a fel.
O objecto do filme é a dicotomia entre o fazer e o criticar. É impossível separar estes dois conceitos, de que serve a realização da obra sem a apreciação da mesma, o oposto, a falta de obra também torna impossível a apreciação de algo. É possível pois considerar a critica como a validação da obra. O crítico é referido no filme, em primeira análise como um membro do público, um membro activo que exterioriza a sua opinião. A associação critico autor é algo impossível de dissociar. Bons críticos só existem em grandes obras. A procura pelo grande filme é o que impulsiona e move o crítico. Logo se uma grande obra é responsável por fazer um grande crítico, a boa crítica também é responsável pelo grande cinema. O inverso é também verdade a má critica, dá também origem ao cinema medíocre. A boa crítica não tem a ver tanto com a opinião do crítico crua mas sim com a análise do mesmo tendo em conta os vários factores da obra. Pois a opinião de um crítico é algo em constante mutação. Tal como o autor evolui através dos seus trabalhos e as suas vivências, também o crítico cresce com os filmes que assiste. É assim no meio desta associação recíproca que o autor e o crítico vivem sendo o critico responsável por tomar conta da obra quando o autor a deixa ao capricho do público. Sendo o mesmo amor pelo cinema que move o autor e o crítico. O crítico é tão apaixonado pelo filme como o seu autor, e por vezes apodera-se do mesmo como se este fosse seu usando-o para uma masturbação intelectual. Kleber Mendonça Filho conhece bem os caminhos que ligam a realização e a critica sendo consagrado tanto numa área como na outra. Através dos depoimentos das gentes que se movem no meio cinematográfico, Kleber Mendonça Filho aqui utilizando uma faceta para analisar a outra, encontra a voz que mostra o cinema através do processo simbiótico entre estas duas facetas.
A crítica é autobiográfica. Esta longa-metragem é uma espécie de realização de um fetiche recalcado de um qualquer crítico. O homem, o critico possui no seu cerne uma pulsão que o impele a fazer parte de algo. Neste filme o critico é mostrado como parte integrante e fundamental da construção cinematográfica, este filme é um objecto de prazer para o ego do ser crítico, um prazer que por vezes trás um gosto a fel.
O objecto do filme é a dicotomia entre o fazer e o criticar. É impossível separar estes dois conceitos, de que serve a realização da obra sem a apreciação da mesma, o oposto, a falta de obra também torna impossível a apreciação de algo. É possível pois considerar a critica como a validação da obra. O crítico é referido no filme, em primeira análise como um membro do público, um membro activo que exterioriza a sua opinião. A associação critico autor é algo impossível de dissociar. Bons críticos só existem em grandes obras. A procura pelo grande filme é o que impulsiona e move o crítico. Logo se uma grande obra é responsável por fazer um grande crítico, a boa crítica também é responsável pelo grande cinema. O inverso é também verdade a má critica, dá também origem ao cinema medíocre. A boa crítica não tem a ver tanto com a opinião do crítico crua mas sim com a análise do mesmo tendo em conta os vários factores da obra. Pois a opinião de um crítico é algo em constante mutação. Tal como o autor evolui através dos seus trabalhos e as suas vivências, também o crítico cresce com os filmes que assiste. É assim no meio desta associação recíproca que o autor e o crítico vivem sendo o critico responsável por tomar conta da obra quando o autor a deixa ao capricho do público. Sendo o mesmo amor pelo cinema que move o autor e o crítico. O crítico é tão apaixonado pelo filme como o seu autor, e por vezes apodera-se do mesmo como se este fosse seu usando-o para uma masturbação intelectual. Kleber Mendonça Filho conhece bem os caminhos que ligam a realização e a critica sendo consagrado tanto numa área como na outra. Através dos depoimentos das gentes que se movem no meio cinematográfico, Kleber Mendonça Filho aqui utilizando uma faceta para analisar a outra, encontra a voz que mostra o cinema através do processo simbiótico entre estas duas facetas.